O verão chegou e com ele a infestação de caramujo-africano. A humidade aliada ao acúmulo de entulho é o ambiente perfeito para ele se proliferar. Moradores de um loteamento no bairro Jardim Sofia, na zona Norte de Joinville, estão sofrendo principalmente por causa dos terrenos baldios.

O morador Marcos Machado dos Santos, de 30 anos, está preocupado com as possíveis doenças que o molusco pode transmitir e com a forma como os vizinhos estão tentando eliminá-los.

— Abri um chamado no site da Vigilância Sanitária porque fiquei realmente muito preocupado. Nós estamos sem amparo, eu não tenho conhecimento de lidar com esse bicho, então, como vou pegá-lo?

Outro morador do mesmo bairro de 57 anos encontrou uma forma paliativa de resolver o problema. Ele tentou eliminar os caramujos em um terreno baldio ao lado de casa com veneno. Porém, as cascas secaram e foram deixadas no mesmo lugar.

A gerente da Vigilância em Saúde, Jeane Vieira, alerta que as cascas precisam ser completamente eliminadas, pois se deixadas no local, podem criar focos de dengue. Jeane explica ainda que não há um veneno eficaz capaz de eliminar inclusive os ovos do molusco.

Por isso, a orientação do órgão municipal é recolher o caramujo de forma adequada. O cidadão deve recolhê-los protegendo as mãos com luvas ou com uma sacola plástica e levá-los em uma sacola ou recipiente até o posto de saúde  do bairro ou à subprefeitura.

Os pontos de coleta se responsabilizam pelo descarte correto. Os caramujos  são levados para um aterro, onde são triturados e enterrados em uma vala séptica. Este controle é necessário porque o caramujo é hospedeiro de um tipo de verme que, se ingerido por seres humanos, pode causar meningite grave e hemorragia no intestino, podendo levar à morte.

Para evitar a contaminação, a Vigilância também faz uma alerta para os cuidados com a higiene pessoal e dos alimentos.

— Eles gostam de lugar húmido e escuro e se alimentam de coisas verdes. Então é importante eliminar todo entulho em volta de casa, lavar bem as hortaliças antes do consumo e lavar as mãos antes das refeições — destacou Jeane.

Lavar locais por onde o molusco tenha passado e deixado secreção também é uma medida de segurança.

Quem precisar de mais orientações pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária pelos telefones 3433-0951 / 3432-2337. Denúncias também podem ser feitas pela ouvidoria da prefeitura no 156. Os proprietários de terrenos baldios que não limparem os terrenos podem ser notificados.

Cuidados

– O caramujo africano deve ser coletado usando-se luvas ou sacola plástica envolta nas mãos.
– Os moluscos devem ser levados em sacolas ou recipientes aos postos de saúde ou subprefeituras, onde há tonéis para recebê-los.
– Deve-se evitar o contato direto com o caramujo e a secreção que ele emite, já que o molusco transmite um verme que provoca meningite grave e hemorragia nos intestinos
– Não se deve usar veneno, sal, fogo ou outras substâncias ou métodos para matar o molusco que possam contaminar o meio ambiente
– Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. A orientação é deixá-los ao menos 10 minutos de molho em solução sanitária ou hipoclorito de sódio (uma colher de chá de água sanitária ou de hipoclorito para cada litro de água). Em seguida, lavar novamente em água corrente antes do consumo.

Fonte: A Notícia

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)