Separados pela fronteira, uruguaios e brasileiros compartilham uma paixão

01Quando o primeiro chute foi dado em 1930, terminava a pré-história. O Estádio Centenário na capital do Uruguai foi cenário da primeira Copa do Mundo vencida pelos donos da casa.

Começa nossa viagem para encontrar os canarinhos do extremo sul do Brasil. Nosso destino é o Chuí, região de fronteira onde tudo se mistura. Quem chega pelo mar avista o farol e já sabe: está na esquina do Brasil com o Uruguai.

Separados apenas por um canteiro, brasileiros e uruguaios que vivem aqui no Chuí são, na verdade, muito unidos. Estão juntos na distância, nas dificuldades do isolamento e também nas alegrias que são fruto de uma paixão em comum entre esses vizinhos do extremo sul: a paixão pelo futebol.

“Aqui é a porta de entrada pra paixão do futebol”, diz um brasileiro.

“São povos futeboleiros. Nossa paixão é o futebol e depois os outros esportes”, afirma um uruguaio.

“É só no campo de futebol mesmo, fora isso não existe qualquer tipo de rivalidade, principalmente entre nós aqui na fronteira”, comenta Claunir Macedo.

O Grêmio Brasil, time do sub-15, está se preparando para encarar o time uruguaio mais forte da categoria.

“Tem que jogar bem fechadinho para não deixar passar a bola”, diz um jogador.

O treino é em Santa Vitória do Palmar, cidade gaúcha distante de tudo, mas vizinha ao Chuí. O time brasileiro, por facilidade geográfica, se filiou à liga uruguaia.

E eis alguns desses atletas, três irmãos loucos pela bola. Wenderson, conhecido como Grande, atacante; o irmão gêmeo dele Wanderson, o Pequeno, meia direita; e Vanderson, o Vandeca do sub 18, é volante. Estão sempre com a bola nos pés. Tem fama os guris.

Acompanhamos o Grêmio Brasil rumo à peleja, em alguns minutos estão no Chuí uruguaio.

O time brasileiro vai encarar o São Vicente, time uruguaio, “pero no mucho”. São cinco brasileiros e o restante uruguaios. O jogo começa até bem para o Grêmio que marca e segura o empate no primeiro tempo. Faz mais um gol no segundo, mas os uruguaios do São Vicente, com seus craques brasileiros enfiam seis gols nos adversários.

“Um dia se ganha, outro dia se perde e não adianta lamentar”, diz um jogador.

Bola pra frente. É sempre assim, no extremo sul do Brasil onde vizinhos, muito mais que rivais, são parceiros na paixão e na alegria do futebol.

É um gigante de 1.465 metros de altura. Um dos topos da Amazônia. E mesmo assim, passou quase 500 anos ignorado. Só em 1998, se fez justiça e o monte Caburai apareceu no mapa como o extremo norte do Brasil. Desbancou o Oiapoque, no Amapá, que precisamente fica 84 quilômetros mais ao sul.

Manuel Rufino: Aqui é o começo do Brasil.
Fantástico: Tem gente que acha que é o fim…
Manuel Rufino: Não, é o começo.

Uma certeza que o Seu Manuel sempre teve. Ele é um dos fundadores de Uiramutã, município da região nordeste de Roraima. A cidade que hospeda o monte Caburaí tem apenas nove ruas, mas esbanja empolgação.

“Eu sou macuxi, indio macuxi, aqui do norte do Brasil”, diz Giovani de Oliveira.

Uiramutã é um município encravado numa área indígena da tribo macuxi. São cerca de 10 mil habitantes, mais ou menos 9.500 índios. Ou seja, 95 % da população. A maioria deles vive em aldeias como esta, a aldeia de Camararém – que fica a 15 quilômetros da cidade. Aqui eles preservam as tradições ancestrais misturadas com paixões que herdaram do homem branco.

“Na hora do futebol, liga energia lá e todo mundo vai assistir com gerador”, conta Francildo Miguel da Silva.

Trata-se do mais importante equipamento da aldeia. Principalmente nessa época de Copa. O cacique faz questão de testar o motor todo dia. É o que garante a eletricidade que faz funcionar a TV.

Fantástico: Começou o jogo do Brasil, a primeira coisa é ligar o motorzinho?
José Nilo, cacique macuxi: É ligar o motor para poder assistir.

E ai do cacique se não funcionar na hora do jogo. Ele vai ter que se entender com a sogra, que não perde uma copa desde 94.

“O Felipão é o melhor técnico e o Brasil tem o melhor time”, sentencia a vovó macuxi.

Ela nem consegue mais contar o número de netos e de bisnetos, mas sabe que são muitos herdeiros. Um time de curumins que desafia a falta de gramado nessa região extrema do Brasil. E prova que quando o assunto é futebol, neste país, todos falam a mesma língua.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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