Voluntário veterano em Copas analisa infraestrutura do Recife para turismo
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O aposentado holandês Peter Booij, 59 anos, é um voluntário veterano de eventos esportivos: participou da Copa das Confederações (Brasil, 2013), Copa do Mundo de futebol feminino (Alemanha, 2011) e de quatro Eurocopas (2000, 2008, 2012, 2013), entre outros. Ele já está no Recife há quase três semanas e, a convite doG1, passeou pela cidade com um olhar mais crítico em relação à infraestrutura para o turismo. A capital pernambucana deve receber mais de 200 mil visitantes durante a Copa. No geral, o resultado da avaliação de Booij foi positivo, mas o estrangeiro também apontou algumas bolas fora.
Visita à praia com mímicas
O voluntário foi com a equipe de reportagem até a Praia de Boa Viagem, na Zona Sul, local que já tinha visitado ano passado, durante a Copa das Confederações. No percurso, ele observou que a cidade está mais limpa que há duas semanas e também afirmou não ter encontrado muitos pedintes nas ruas.
Chegando à praia, Peter procurou saber como funcionava o atendimento das barracas. Um dos vendedores cobrou R$ 5 por uma cadeira. O que não ficou claro é que este preço é cobrado caso o cliente não consuma nada. “Na Europa, o valor é parecido. A diferença é que nós levamos comida e bebida à praia”, explicou. O estrangeiro também não se sentiu assediado por vendedores ambulantes. “Algumas pessoas abordam, mas se você sabe dizer um não, eles deixam você em paz”, disse.
Peter achou o banheiro sujo e também não entendeu a razão pela qual os barraqueiros deixam os chuveirões ligados mesmo sem ter gente usando, desperdiçando água. Na barraca de coco, precisou fazer mímicas para comprar a fruta com água gelada.
A mímica também foi o recurso usado para perguntar aos comerciantes se ele poderia entrar no mar. Um solícito banhista apontou a placa que avisa, em inglês, o risco de ataque de tubarão. No quesito segurança, ele afirmou que não foi roubado ou furtado até o momento. “Em nenhum momento, senti que estava em perigo ou que alguém me olhasse estranho por ser estrangeiro”, afirmou.
Informações erradas
Depois da praia, Peter foi ao Bairro do Recife, onde há um ponto de informações turísticas. Lá, perguntou sobre como chegar à Arena Pernambuco, que fica em São Lourenço da Mata, a cerca de 20 km do local onde ele estava. Uma atendente explicou e anotou, em inglês, as coordenadas.
No entanto, ela errou ao dizer que haveria táxis e ônibus na estação de metrô Cosme e Damião que poderiam levá-lo ao estádio. Apenas nos dias de jogos haverá um circular fazendo esse trajeto. “Ela também errou ao dizer que poderia descer na estação de metrô do TIP [Terminal Integrado de Passageiros], pois TIP é uma expressão que vocês usam, mas o nome que está no mapa do metrô é Rodoviária”, apontou. Peter, inclusive, achou as sinalizações na cidade insuficientes e mal traduzidas.
O Grande Recife Consórcio de Transporte informou que todos os Terminais Integrados contam com sinalização bilíngue desde o ano passado. O metrô do Recife instalou dois totens na estação central e outros sete nas estações Joana Bezerra, Antônio Falcão, Tancredo Neves, Aeroporto, Rodoviária, Cosme e Damião e Camaragibe.
A Prefeitura do Recife disse que há 273 unidades placas espalhadas pelas ruas da cidade. Explicou que há sinalização aérea indicativa de trânsito, instalada pelo Detran-PE, mostrando os caminhos para a Arena Pernambuco de diversos pontos. Nessas rotas turísticas, também há informações sobre hotéis, aeroporto e como chegar ao Bairro do Recife.
A atendente soube explicar pontos turísticos para serem visitados, inclusive citando locais com referências holandesas, por conta da nacionalidade de Peter. Também apontou pontos seguros para tomar banho de mar, no Litoral Sul do estado. Por outro lado, ela não sabia qual a população de Pernambuco e informou errado a distância entre Recife e Petrolina, no Sertão, perguntas feitas pelo estrangeiro. “Eu tenho certeza que ela fez o melhor para me atender”, comentou.
Trânsito: ‘caos organizado’
Peter trabalha de segunda a sábado, das 8h às 19h, na área de credenciamento da Arena Pernambuco. “Este é o único estádio no qual trabalhei que fica longe do centro da cidade. No entanto, eu entendo a razão. Disseram-me que a ideia do governo é construir e expandir a urbanização para esse lado, espalhando as pessoas que estão concentradas no Recife”, disse.
Este ano, ele experimentou, por conta própria, o sistema de transporte público para ir à Arena. “Os ônibus são velhos e é difícil pegar uma informação, mas se você sabe aonde ir não há problemas. Nas paradas também não há nomes das linhas que passam, mas lá na Europa também ocorre isso. No metrô, tive que ficar em pé algumas vezes, mas na hora do ‘rush’ isso acontece em todo o mundo. Inclusive, eu gostei de pagar apenas uma passagem para usar metrô e ônibus [por meio do sistema de integração]”, comentou.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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