Ajuste fiscal sem apoio da bancada
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Uma conta difícil de fechar. Assim pode ser analisado o posicionamento da bancada de Pernambuco na Câmara dos Deputados em relação ao projeto de ajuste fiscal apresentado pela presidente Dilma Rousseff (PT). A maioria dos deputados reage contra a proposta, amparada por sugestões de mudanças que, na avaliação deles, vai atingir diretamente o trabalhador, os aposentados, o empregador, além de aumentar impostos.Na reunião dos governadores do Nordeste, em 25 de março, Dilma condicionou a liberação de novos recursos para investimento na região ao apoio que precisa no Congresso para a aprovação do projeto. Diante disso, os governadores deixaram o Palácio do Planalto com a missão de convencer os parlamentares de seus respectivos estados.O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, por exemplo, terá a dura incumbência de buscar o voto favorável de seus aliados. Nos depoimentos enviados ao Diario, no entanto, os socialistas colocam vários argumentos para não apertar o botão do “sim” no dia da votação.
Na próxima quinta-feira, o deputado Fernando Filho (PSB), líder da bancada do PSB na Câmara, vai reunir os 34 parlamentares do partido para discutir o posicionamento do grupo em relação ao projeto de ajuste fiscal. Segundo ele, o tema é polêmico e por isso será necessário aprofundar o assunto com todo grupo.
>> DEPOIMENTOS
Daniel Coelho (PSDB) – “Não voto em projeto contra trabalhador, que aumente impostos e sacrifique o bolso da população. Ajuste sem cortar ministérios é tirar sarro com a cara do povo”
Tadeu Alencar (PSB) – “O ajuste fiscal é necessário. Estamos numa crise e não se sai dela sem sacrifícios. O que não é razoável é que só uma parte de quem está na mesa pague a conta. A sociedade quer ver o governo federal fazer a sua parte, diminuindo ministérios, cortando despesas e cargos, dando transparência aos trilionários gastos públicos”
Anderson Ferreira (PR) – “Sou contra o ajuste fiscal porque não dá para o governo federal jogar a responsabilidade no Congresso Nacional para fazer tantas alterações que atingirão, principalmente, a classe trabalhadora. Há uma crise instalada, todos temos consciência, mas são direitos conquistados ao longo da história, que não podem ser mudados da noite para o dia porque houve erros na condução econômica”
João Fernando Coutinho (PSB) – “Acho que o governo, antes de mandar o ajuste fiscal para o Congresso, deveria começar fazendo o dever de casa diminuindo seus gastos”
Silvio Costa (PSC) – “Votar a favor do ajuste fiscal é uma questão de responsabilidade pública. Esta oposição brasileira faz demagogia todo o dia porque quem primeiro mexeu em direito do trabalhador no Brasil foi o PSDB quando criou o Fator Previdenciário. É lamentável agora que aqueles que criaram o Fator Previdenciário, de forma demagogica, para iludir os aposentados, queiram acabar”
Augusto Coutinho (SD) – “O governo está perdido e faz muito mal o dever de casa. Quer fazer um ajuste, mas não reduz o número de pastas. Precisa fazer a sua parte antes para ter qualquer apoio nosso. Estamos cansados dessa mentira do PT. Dilma fez promessas que nunca irá cumprir e agora quer jogar a conta para os outros”
Pastor Eurico (PSB) – “Sobre o ajuste fiscal não podemos jogar essa responsabilidade para o trabalhador. Somos completamente contra. O governo que corte as benesses, os ministérios. O governo abusa do poder, faz besteiras lá atrás. Esse ajuste fiscal é uma prova da incompetência do governo. O trabalhador não pode pagar pela irresponsabilidade do governo e por buracos que estão aí por conta de roubo e corrupção. O governo tem que cortar na própria carne e não na do trabalhador”
Zeca Cavalcanti (PTB) – “Defendo o ajuste fiscal para garantir a retomada do crescimento da economia, da geração de empregos e da renda dos trabalhadores. Temos que adotar medidas que garantam que o Brasil não vai ser rebaixado pelas agências de rating. Sou favorável a um ajuste fiscal para os juros voltar a descer. Algumas medidas são amargas e transitórias. No entanto, a briga política não pode ameaçar a economia brasileira”
Bruno Araújo (PSDB) – “Ajustes, aumentando impostos de trabalhadores e empresários, depois de anos de gastos irresponsáveis e sem fazer cortes nos comissionados que empregam os milhares de companheiros, não podem contar com nosso apoio. Cortar direitos trabalhistas muito menos. Aliás, antes de ter nosso apoio, deveriam convencer a CUT”
Jorge Côrte Real (PTB) – “Embora eu discorde de alguns pontos previstos na proposta do governo federal, vamos votar a favor das medidas do ajuste. Acreditamos que, primordialmente, é necessário recompor o equilíbrio fiscal das contas do Brasil, haja vista que o país vive um momento conturbado na economia. É preciso que reconquistemos a volta do superátiv primário, um indicador econômico importante. Isso garantirá a continuidade dos investimentos, proporcionando um ambiente favorável à retomada do crescimento e da geração de emprego e renda”
Betinho Gomes (PSDB) – “Nós vamos atuar nessa comissão especial para defender o interesse do cidadão brasileiro. Essa MP está alterando auxílios como pensão por morte, auxílio doença e outros benefícios previdenciários, que o governo está tentando restringir o acesso, inclusive, de maneira injusta, penalizando pessoas que contribuem com a previdência social. Nós apresentamos emendas para corrigir esses equívocos do governo e vamos debater para que esse ajuste fiscal não prejudicando ainda mais o povo brasileiro como já em função da crise econômica que nós estamos vivendo”
Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB) – “O ajuste fiscal é necessário, mas não pode ser aprovado do jeito que está. A crise econômica é real e, de fato, exige sacrifícios, mas um sacrifício que tem que ser de todos, inclusive do Governo que terá muito mais legitimidade para emplacar propostas se começar dando o exemplo. Cortando gastos. Não se justifica penalizar só este ou aquele setor, o trabalhador, o empregador. Se a conta for dividida vai ficar menos traumático. O nosso desafio no Congresso é encontrar esse caminho. Fazer a intervenção com mais equilíbrio e menosdor”
Raul Jungmann (PPS) – “O ajuste fiscal é necessário para corrigir o desmantelo da economia do primeiro governo Dilma, mas não esse ajuste que pune o trabalhador e a produção. Outro ajuste é possível e é esse que nós vamos propor”
Mendonça Filho (DEM) – “O grande erro do pacote de ajustes do governo Dilma é que ele aumenta a carga tributária, criando ônus, inclusive para geração de empregos, com aumento de contribuições sobre a folha de pagamento, que tinha sido reduzida no passado. Quem paga esta conta é a classe média, o trabalhador e o setor produtivo”
Luciana Santos (PCdoB) – “O governo brasileiro tem tomado medidas anticíclicas para enfrentar os efeitos da crise que estourou no berço do capitalismo, os Estados Unidos, em 2008. Essas medidas se esgotam após cumprir certo papel, demandando novas ações que retomem o crescimento e garantam a manutenção do emprego.Compreendendo esse cenário a posição do PCdoB é de construir politicamente junto ao Governo qual o tipo de ajuste que precisa ser feito”
Fernando Filho (PSB) – “Sabemos que o país precisa de ajustes, a situação da economia é preocupante e não podemos perder o poder de investimento. No entanto, o sacrifício não pode ser todo feito em cima dos trabalhadores, cortando benefícios. O Governo precisa dar o exemplo e reduzir gastos”
Kaio Maniçoba (PHS) – “Em minha ótica, só se deve adotar medidas que afetem o trabalhador em última instância, num cenário de crise onde não existam mais outras alternativas. Porém, na atual conjuntura ainda há muito o que fazer por parte do Governo Federal. Não posso concordar com as medidas que reduzem direitos e afetam a renda das famílias de trabalhadores de todo o país antes de ver o Poder Executivo fazer seus deveres de casa. Continuo firme ao lado dos trabalhadores”
Gonzaga Patriota (PSB) – “A presidente Dilma para ganhar a eleição do ano passado, estourou o superavit fiscal de 2014 em 90 bilhões e, este ano, já vai no mesmo patamar, só janeiro ele foi estourado em quase 8 bilhões, porque não se planejou financeiramente para governar corretamente, mesmo arriscando a perder a eleição? Sou contra esse seu reajuste fiscal, dona presidente Dilma, a senhora não vota em mim. Os meus eleitores são os trabalhadores, os aposentados e as pessoas conscientes do que eu faço como deputado há mais de 30 anos”
Fernando Monteiro (PP) – “O remédio é amargo, mas temos que tomar. O desafio urgente é reestabelecer a confiança no País e na possibilidade de crescimento, bem como arrumar as contas públicas. È importante, também, evitar o rebaixamento da nota de crédito brasileiro”
Marinaldo Rosendo (PSB) – Por meio da assessoria de imprensa o parlamentar informou que o projeto ainda não chegou em seu gabinete e por isso não poderia emitir sua posição à respeito antes de ler o texto
Jarbas Vasconcelos (PMDB) – O deputado viajou ao Vietnã e não foi possível o contato com o partlamentar, segundo informou sua assessoria de mprensa
Não retornaram o contato da reportagem:
Eduardo da Fonte (PP)
Wolney Queiroz (PDT)
Ricardo Teobaldo (PTB)
Adalberto Cavalcanti (PR)
Fonte: Diário de PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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