Celular e escola: conexão polêmica
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Eles estão nos pátios das escolas e nas salas de aula durante o intervalo. Crianças olhando para baixo e com o rosto iluminado indicam a presença constante dos aparelhos celulares nas escolas. O uso de smartphones cada vez maior por crianças e adolescentes também desperta a atenção de pais e professores para a assunto. Com a difusão da ferramenta tecnológica, surge o dilema: celulares devem ser usados por crianças no ambiente escolar?
Em fevereiro, a Unesco lançou uma cartilha que incentiva o uso do celular na escola. Entre as vantagens de usar o aparelho em sala de aula, a Unesco destaca que a tecnologia otimiza o tempo na sala de aula, permite que se aprenda em qualquer hora e lugar e facilita o aprendizado personalizado.
A pedagoga Márcia Siqueira, coordenadora de ensino fundamental do Colégio Motivo, considera esses pontos válidos, mas ressalta que elas valem para estudantes com idade mais avançada. “No ensino médio, por exemplo, é interessante fazer uso de aplicativos para celulares que chamem a atenção do adolescente, envolvendo-o em atividades pegagógicas. A utilização dos aparelhos em escola, porém, não é recomendado de nenhuma forma para crianças do ensino fundamental”, analisa.
Ela destaca que os pais devem acompanhar de perto a rotina dos filhos com o celular, tendo, inclusive, as senhas de acesso. “Os adultos precisam explicar os malefícios do uso exagerado e determinar as horas em que ele pode ser usado. O ideal é que o aparelho seja liberado apenas depois de terminar as tarefas de casa”, indicou.
Com dois filhos em idade escolar, a psicóloga Ana Tereza Paiva, 41, determina horários e dias de uso do aparelho. Os filhos, Pedro, de 8 anos, e Júlia, 10, precisam terminar as tarefas de casa antes de usá-lo. “Como tudo na vida, o acesso ao celular deve ser feito com equilíbrio. Consegui estabelecer uma rotina nesse sentido e, hoje, eles são bem conscientes sobre o uso de tecnologias”, contou.
“Os pais precisam ter as senhas de acesso ao celular dos filhos, com o conhecimento deles, para checar diariamente com quem eles conversaram”, aconselhou Márcia Siqueira. Segundo Elisabeth Sá, coordenadora de ensino fundamental do Colégio Fazer Crescer, a escola deve atuar em parceria com os pais. “O uso em sala de aula já é proibido, mas não podemos vetar a entrada do aparelho. Cabe aos pais, junto com a escola, orientar sobre os cuidados que devem ser tomados”, ressaltou.
Fonte: DP
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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