Copiloto era ‘psicologicamente instável’, diz vizinha
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
“Ele era altamente inteligente, fanático por aviões e psicologicamente instável”, afirmou uma vizinha de Andreas Lubitz, copiloto que provocou intencionalmente a colisão do Airbus 320 da Germanwings contra uma montanha dos Alpes franceses, matando a si mesmo e mais 149 pessoas. Lubitz, de 28 anos, começou a pilotar aviões esportivos quando tinha apenas 14 anos de idade, foi selecionado para a exigente escola de pilotos da Lufthansa quando tinha 21 e, cinco anos mais tarde, começou a pilotar o A320 como “primeiro-oficial”.
— Ele era não só inteligente, como também tinha muito talento para pilotar aviões grandes. A seleção da escola da Lufthansa é uma das mais difíceis do mundo — afirmou Jörg Handwerg, da Associação de Pilotos Cockpit.
Para o CEO da Lufthansa (matriz da Germanwings), Carsten Spohr, a tragédia dos Alpes foi o pior acontecimento nos 60 anos da empresa alemã. Segundo ele, por duas vezes Lubitz foi examinado por especialistas que avaliam também as características psicológicas do candidato a piloto. A primeira foi quando ele fez o exame de admissão. A segunda, depois de uma pausa de cerca de nove meses, há seis anos, quando Lubitz interrompeu os estudos por motivo de saúde.
O atestado médico que o jovem estudante da escola de pilotos apresentou para justificar a sua ausência não revelava porém o diagnóstico.
— Mas isso é normal, por causa da lei do sigilo. Nem eu teria tido acesso à informação sobre o problema de saúde que ele teve — lembrou Spohr.
Aconselhado pelos pais, que têm um alto padrão de vida econômico — o pai trabalha como engenheiro para uma grande empresa suíça — Lubitz fez um tratamento psiquiátrico contra uma crise de depressão
Simpático e introvertido
Segundo a vizinha, Lubitz contou na época à sua filha, uma ex-colega de escola, que tinha interrompido os estudos para fazer um tratamento contra depressão.
— A minha filha não para de chorar desde que soube que Andreas provocou a tragédia — diz a vizinha, que não quer que seu nome seja revelado em atenção aos pais de Andreas, que estão também desesperados com o que aconteceu.
Peter Rücker conheceu Andreas Lubitz no Clube de Aviação LSC de Westerwald.
— Ele era calmo e muito simpático — lembra.
Lubitz vivia para o seu sonho de pilotar aviões. Era tímido e introvertido. Quando não pilotava ou se comunicava com os “amigos” via Facebook, participava de maratonas de corrida.
Ainda nesta quinta-feira, o LSC divulgou em seu site um texto sobre o jovem membro, vítima da queda do Airbus 320, que “morreu pelo seu sonho de voar”. Logo após tomar conhecimento da responsabilidade de Lubitz pela queda do avião, o clube retirou o anúncio.
Os 12.500 habitantes de Montabaur, onde Lubitz vivia junto com os pais, como toda a Alemanha, veem a tragédia como um enigma.
— Como foi possível um jovem filho de pais ricos, satisfeito em poder realizar o seu sonho de pilotar um Airbus, fazer o que ele fez? — indagou o prefeito Edmund Schaaf, admitindo que não encontrava resposta.
Em Haltern am See, a cidade que perdeu uma classe inteira de adolescentes de 15 a 16 anos de idade, que voltava de uma viagem de intercâmbio escolar a Barcelona, o esclarecimento das causas do desastre trouxe ainda mais perplexidade. O pastor protestante Ingo Janzen, que procura dar conforto espiritual aos mais de 1.200 alunos do Ginásio Joseph König, traumatizados com a perda dos colegas, disse que a notícia do papel do copiloto no desastre provocou ainda mais consternação entre as crianças e adolescentes.
Fonte: O Globo
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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