CPI da Petrobras começa semana com depoimento de ex-ministro e põe delatores frente a frente
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras tem uma agenda cheia, com três depoimentos e duas acareações — encontro de dois suspeitos, colocados frente a frente para confrontar as informações — nesta semana.
Já nesta terça-feira (7), devem ser ouvidos Jorge Hage, ex-ministro da CGU (Controladoria-Geral da União); Antônio Gustavo Rodrigues, presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras); e Stael Janene, viúva do ex-deputado federal José Janene.
O convite de Hage é para o ex-ministro responder à acusação feita pelo advogado inglês Jonathan Taylor de que a CGU não investigou suspeitas de pagamento de propina pela empresa SBM Offshore no ano passado por conta do calendário eleitoral.
O presidente do Coaf vai falar do sistema de controle do mercado financeiro, principalmente sobre a atuação de doleiros, usados para lavagem de dinheiro de propina pela Operação Lava Jato.
Já a viúva de José Janene foi convocada para falar do relacionamento do ex-deputado com o doleiro Alberto Youssef. O doleiro acusa o ex-deputado, morto em 2010, de ser o mentor do esquema de cobrança de propina na Petrobras.
Devido a um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Stael Janene não terá de assinar termo de compromisso para falar a verdade e não precisará responder a questões que possam incriminá-la.
Acareações
Na quarta-feira (8), com previsão de início às 9h30, devem ser colocados frente a frente Pedro Barusco e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras. Barusco, em delação premiada, admitiu ter recebido propina de empresas e acusou Duque, seu superior na época, de envolvimento de propina em nome do PT.
Duque já foi ouvido na CPI e negou envolvimento. Na quinta-feira (9), também às 9h30, será a vez de Pedro Barusco e Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, que também já foi à CPI e nega as acusações.
Nos depoimentos anteriores, Duque e Vaccari usaram o direito de não responder perguntas que pudessem incriminá-los e podem repetir a estratégia nesta semana.
Na sexta-feira (3), Duque e Vaccari obtiveram autorização do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para não assinar termo para dizer a verdade e não responder a questões que possam autoincriminá-los. Lewandowski negou, no entanto, pedido para suspender a participação de Duque.
A defesa sustentou que a acareação dele com Barusco não terá efeitos práticos e servirá para expor o ex-diretor na mídia, sendo que em outro depoimento à comissão ele permaneceu em silêncio.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário