Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Um dos setores mais importantes da economia de Pernambuco, o da indústria, vem contribuindo bastante para a redução no número de vagas de emprego no estado. No mês de março, por exemplo, de acordo com o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), mais de 9 mil vagas foram fechadas no estado, sendo 11.763 admissões e 21.140 demissões, a maioria da indústria de alimentos e bebidas, com 9.045 pessoas demitidas. Como mostrou o NETV 2ª Ediçãoem reportagem exibida nesta terça (12), especialistas dizem que uma das formas de reduzir esse número de demissões pode estar na qualificação do trabalhador.
De acordo com a Agência do Trabalho do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, das 150 pessoas atendidas por dia, pelo menos 90 são ex-funcionários do Porto de Suape. Diego Ramos, por exemplo, costumava trabalhar como eletricista. “Estou vendo se tem vaga na minha área. Já faz quatro meses que estou em casa”, disse. O montador de andaimes Elias de França contou que vai à agência três vezes por semana, após ser demitido de uma companhia instalada no complexo portuário. “Fui demitido em novembro e, comigo, saíram mais ou menos outras 200 pessoas”.
O gerente de economia e negócios internacionais da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Tobias Silva, explicou que os trabalhadores devem aproveitar o tempo para se qualificarem. “Pernambuco não é uma ilha e, consequente, é afetado pela economia nacional. Quando você pega os dados de março e do ano, a gente vê que indústria de transformação representou quase 70% das demissões. Efeito da crise”, disse.
Em Pernambuco, a Região Metropolitana do Recife tem a maior quantidade de pessoas empregadas, mas é também o local onde ocorreu o maior número de demissões: 35 mil, de fevereiro do ano passado até março deste ano. Num cenário de crise, os especialistas não têm dúvidas de que os mais qualificados têm mais chance de continuar trabalhando. “O trabalhador menos qualificado leva mais tempo para conseguir emprego. Sem dúvida nenhuma, o segredo da contratação é a qualificação”, revelou Tobias Silva.
O encarregado de setor Anael Lima, por exemplo, fez faculdade e vários cursos para conseguir emprego em uma indústria de Paulista, que fabrica mais de 300 tipos de produtos, entre sabonetes e detergentes. Ela começou como auxiliar e hoje já se tornou chefe. “Comecei há 21 anos e fiz carreira, com vários cursos de capacitação. Hoje tenho curso superior, cursos de especialização no meu segmento e com isso fui crescendo”, contou.
Fonte: G1
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