Dengue: pesquisa revela imunização de quatro meses em bebês
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A alta incidência de anticorpos da dengue no cordão umbilical de gestantes que já foram expostas ao vírus pode proteger os bebês por até quatro meses de vida. Esse foi um dos primeiros resultados de um estudo desenvolvido pela pesquisadora Cynthia Braga, em parceria com profissionais da Fiocruz e do Imip, que começou em 2011. Na investigação, o grupo busca conhecer o índice de infecção e os impactos nas grávidas, além de verificar a proteção que poderia ser passada da mãe para o filho.
Cerca de 500 mulheres com gravidez de baixo risco foram recrutadas durante o pré-natal, fim de gestação ou na hora do parto na maternidade. O resultado completo da pesquisa, que inclui ainda o monitoramento das crianças até os 2 anos de idade deve ser divulgado em setembro.
“Vimos que a maior parte das mães tinha prevalência de presença de anticorpos para dengue. Isso mostra que quase 100% dessas gestantes já tinham tido dengue antes. Outro fato interessante é que 10% apresentou sorologia compatível com infecção recente. Ou seja, elas tinham tido dengue no momento da gravidez ou próximo ao parto. Isso mostra que há alta frequência nessa população e que muitos profissionais não estão alerta à constância da doença nesse público”.
Durante a apuração, duas mulheres apresentaram dengue no momento do parto. A especialista destacou que a descoberta pode acrescentar novos protocolos ao pré-natal, quando relatos de febre devem ser melhor investigados. A doença pode levar a complicações como perda fetal, hemorragias no parto e baixo peso do bebê. “Verificamos que as gestantes que já haviam tido dengue tiveram duas vezes mais relatos de febre durante a gravidez. Na maioria das vezes, a febre é relacionada a outras infecções como as do trato urinário”, ressaltou.
Além de indicar o alto índice de mulheres que já tinham sido infectadas, a pesquisa atestou que os anticorpos são transferidos ao bebê pelo cordão umbilical. “No início essa transferência protege. Mas à medida que esses anticorpos vão sendo destruídos, a defesa vai diminuindo e a criança fica vulnerável à infecção. Depois a presença desse anticorpo pode constituir fator de risco para o desenvolvimento futuro de formas graves da doença”, alertou a pesquisadora.
A segunda fase vai verificar o adoecimento dos bebês pelo vírus. Cynthia disse que a pesquisa vai comparar os dados locais com a realidade da Ásia. “Lá os bebês evoluem muitas vezes para formas graves. A dengue neles é uma das principais causas de hospitalização de crianças”,disse.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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