Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Único deputado federal pernambucano filiado ao PMDB, Jarbas Vasconcelos, que ao longo dos últimos anos se posicionou contra o PT, tornou-se um improvável defensor da governabilidade da presidente Dilma Rousseff na queda de braço provocada pelo correligionário Eduardo Cunha e se mostrou preocupado com as consequências para o País.
“Eduardo Cunha quer romper com o governo numa hora em que Dilma vive uma fase desgraçada, com menos de 10% de apoio. Com essa coisa de bater em Dilma, ele pode atingir o País”, alertou em entrevista concedida à Rádio Jornal.
Jarbas destacou que, “por sua trajetória, Dilma não tem formação para renúncia”. “O Brasil vive uma fase perigosa, que é ruim para todos. Tem que haver uma solução. Como é que vamos percorrer os meses todos até finalizar o ano, com o Brasil parado, o comércio reduzido e todas essas denúncias de corrupção?”, indagou.
Peemedebista histórico, Jarbas já vinha se posicionando contra seu correligionário há algum tempo, chegando a realizar, na última terça (14), um pronunciamento com uma espécie de “balanço” de janeiro até agora. Na ocasião, descreveu a gestão de Cunha como “precária”, “medíocre” e “marcada por pautas cheias de remendos e manobras regimentais”.
Ontem, ele declarou-se chocado com o “autoritarismo” do carioca e chegou a chamar de “esculhambação” a reforma política que este vem alegando fazer. “Estamos vivendo um momento de ditadura absoluta, ele faz o que quer. Não podemos deixar que vá à televisão para contar mentiras. É preciso enfrentá-lo”, afirmou.
O deputado admite que votou em Eduardo Cunha para presidir a Câmara a fim de evitar a eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP), já que, em sua opinião, Julio Delgado (PSB-MG) estaria fora do páreo.
No entanto, se diz “horrorizado” com as denúncias, em especial a acusação de uma delator da Lava Jato de que Cunha teria recebido US$ 5 milhões de propina em um contrato da Petrobras. “É preciso esclarecer tudo isso”, disse Jarbas.
“A Operação Lava Jato foi a melhor coisa que vi acontecer em toda a minha vida política”, afirmou. “Já foram colocados vários empresários na cadeia. Agora é a vez dos políticos. Não sei por que tanta surpresa”, declarou, defendendo que tanto Eduardo Cunha quanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sejam devidamente investigados.
O deputado tentou em vão impedir que Eduardo Cunha falasse em rede nacional contra o governo de Dilma Rousseff. “Agora é fácil jogar Dilma para a lama”, criticou Jarbas, que classificou a atitude do presidente da Câmara como “oportunismo puro” e afirmou que os deputados não poderiam aceitar o que chamou de “malandragem” e “política espúria”.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Jarbas voltou a tecer críticas ao comportamento de Cunha. Segundo ele, o correligionário poderia ter deixado o governo desde fevereiro, quando assumiu o cargo.
Fonte: JC
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