Deputados debatem transposição do Rio Tocantins para São Francisco
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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As obras de transposição das águas do rio São Francisco deveriam ter sido concluídas em 2012 e o custo, no início orçado em R$ 4,5 bilhões, já passa de R$ 8 bilhões. Com a forte seca que afetou a região das nascentes em Minas Gerais e reduziu o volume de água em toda a bacia do São Francisco, se estuda a possibilidade de transferir parte das águas do rio Tocantins para aumentar a vazão no semiárido.
Para entender como isso pode ser feito, o Brasil em Debate conversou com os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), coordenador da Comissão Externa de Transposição do São Francisco, e Gonzaga Patriota (PSB-PE), autor do PL 6569/2013, que trata das obras de transposição do rio Tocantins.
Para o deputado Raimundo Gomes, a transposição do rio São Francisco só ganha impulso em período eleitoral.
“A transposição, historicamente, nos períodos de eleições é a grande bandeira de governadores, senadores, deputados, presidentes, mas passa o período eleitoral há um certo descaso e não dão celeridade as obras, no nosso caso da transposição do rio São Francisco. Cada obra dessa quando é parada tem um custo para o Brasil porque desmobiliza, tem que contratar. O mais grave com esse período prolongado de estiagem, quando estivemos em Minas Gerais, constatamos que não foi feito um projeto de revitalização concreto”, comentou.
De acordo com Gonzaga Patriota (PSB-PE), apenas a interligação com a bacia do Rio Tocantins pode salvar o projeto de transposição do Rio São Francisco.
As obras, segundo Gonzaga Patriota, durariam no máximo 1 ano e dependem da boa vontade do Governo Federal. Conforme ele, o grande problema hoje do Velho Chico é receber água. “Só existe um lugar que tem água abundante para levar água para o rio São Francisco, que é o rio Tocantins com 12 vezes mais água do que o São Francisco”, disse.
O socialista defendeu que as obras sejam realizadas pelo batalhão de engenharia do Exército Brasileiro.
“É uma obra emergencial e o batalhão sabe fazer essa obra. O que não dá mais é para esperar. O governo brasileiro tem mania de fazer as coisas de última hora, mas dessa vez terá que fazer antes que o rio São Francisco seque e afete a geração de energia, a irrigação e o consumo de água. É urgente! “, alertou.
O deputado Raimundo Gomes ressaltou que se as obras da transposição já estivessem prontas, “não teríamos água suficiente para atender o Ceará, Paraíba e Pernambuco e que, inclusive, não teríamos água para gerar energia”. E completou: “A nossa comissão alerta que se permanecer esse quadro e não tiver adicional de água a presidente Dilma Rousseff terá que decidir se quer água para o consumo humano ou se quer gerar energia”. Informou.
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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