Dólar cai após dados fracos nos EUA; Bolsa interrompe sequência de altas

1Dados mais fracos que o esperado no mercado de trabalho dos Estados Unidos e incertezas em relação ao ajuste fiscal no Brasil incentivaram investidores a vender ações nesta quarta-feira (6) e embolsar lucros obtidos com a alta dos papéis nos últimos pregões.

Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, interrompeu uma sequência de três altas e fechou no vermelho, com baixa de 1,63%, para 57.103 pontos. O indicador se afastou da máxima de mais de sete meses atingida na véspera. O volume financeiro foi de R$ 9,334 bilhões.

No câmbio, a moeda americana registrou novo alívio, depois de fortes altas recentes. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve ligeira desvalorização de 0,13% sobre o real, cotado em R$ 3,058 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,74%, para R$ 3,047.

O setor privado dos Estados Unidos gerou 169 mil vagas de trabalho no mês passado, menor número desde janeiro de 2014 e muito abaixo das expectativas de analistas. O indicador tirou força da escalada dos rendimentos dos títulos públicos globais, como os dos EUA e da Alemanha, que vinha diminuindo a atratividade de ativos de mercados emergentes, considerados mais arriscados.

O fraco desempenho do indicador também reforçou incertezas em relação a quando o governo americano pretende começar a elevar o juro básico nos EUA, que está há anos em seu menor patamar histórico, entre 0% e 0,25%.

Uma alta deixaria os títulos do Tesouro dos EUA -que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco- mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes, provocando uma saída de recursos dessas economias. A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima.

Neste cenário de cautela, a atuação do Banco Central do Brasil no câmbio também continuou no radar dos investidores. Na manhã desta quarta (6), a autoridade monetária rolou para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estavam previstos para o início de junho, em um leilão que movimentou US$ 395,4 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares.

Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.

AUSTERIDADE

Na pauta doméstica, segue em foco o embate político e a aprovação das medidas de austeridade. “Como o Levy [ministro da Fazenda] disse, estamos indo no caminho certo, mas se os ajustes não forem concluídos o rebaixamento [da nota soberana do país] pode vir a galope”, disse Fernando Bergallo, diretor de câmbio da TOV Corretora.

Para Bergallo, o governo tem que aprovar, “de qualquer forma”, essas medidas. “O mercado financeiro sempre se antecipa, por isso não é preciso que o rebaixamento seja anunciado para que a aversão ao risco cause uma venda generalizada na Bolsa e uma alta expressiva do dólar. Para isso, basta os participantes notarem que o ajuste fiscal pode não ser finalizado como deveria”, afirmou.

“A percepção do ajuste, hoje, é muito melhor do que meses atrás. A dificuldade para aprovar [as medidas de austeridade] já estava prevista. Agora, a questão é como isso vai terminar. A espera deveria trazer aversão [ao risco], mas isso não tem sido visto. Tivemos, inclusive, a queda do dólar nas últimas semanas. É um sinal de confiança. Também é preciso tomar cuidado com as operações pontuais [como negociações entre grandes companhias], que podem distorcer um pouco o câmbio”, disse Bergallo.

BLUE CHIPS

As chamadas blue chips (ações com os maiores volumes de negociações no Ibovespa) devolveram nesta quarta-feira (6) parte da forte alta acumulada nos últimos pregões, conforme os investidores aproveitaram a sessão para embolsar lucros.

“Estamos vindo de uma sequência expressiva de altas, e é natural que o mercado realize lucros. Não houve nenhuma mudança prática em relação ao cenário, mas houve mudança de percepção relativa dos investidores sobre o nosso índice, para melhor”, disse Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos.

As ações preferenciais de Petrobras e Vale, sem direito a voto, estiveram entre os maiores tombos do índice no dia. A estatal perdeu 5,15%, para R$ 13,64, enquanto a mineradora registrou desvalorização de 4,53%, para R$ 19,38.

A Petrobras informou nesta terça-feira (5) que divulgará o balanço do primeiro trimestre de 2015 no dia 15 de maio, após o fechamento do mercado.

“De um modo geral o resultado pode apresentar alguma melhora em relação ao primeiro trimestre do ano passado e ao último de 2014, dado que já foi feito o reconhecimento de perdas. Não podemos descartar que venham novos descontos. Em relação ao ano passado, os preços de combustíveis mais altos devem beneficiar a performance operacional da empresa”, afirmou Müller.

Fora do Ibovespa, a ação da Eletropaulo disparou 7,20%, para R$ 12,65, após a diretoria da Aneel propor na terça-feira aumento médio de 15,16% nas tarifas da empresa, dentro do processo do quarto ciclo de revisão tarifária da distribuidora.

Fonte: JC

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

 

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