Governo do Estado e Igreja debatem obstáculos à ressocialização de detentos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Representantes do Governo do Estado e da Arquidiocese de Olinda e Recife se reuniram, na manhã desta terça-feira (13), para debater os entraves no processo de ressocialização de jovens e adultos em situação de restrição de liberdade nas unidades prisionais de Pernambuco. O objetivo é fortalecer parcerias entre a Igreja Católica e o poder público.
O encontro, que foi realizado na Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, contou com a participação do arcebispo dom Fernando Saburido, de agentes da Pastoral Carcerária e de lideranças das Novas Comunidades. Também participaram os secretários de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento; de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e o secretário-executivo da Juventude, João Suassuna.
Os gestores apresentaram dados relativos ao sistema, destacando a superlotação nos presídios como principal dificuldade. Em 2007, a população carcerária era de 11 mil presos. Hoje, chega a 32 mil. Já nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o desafio é vencer a falta de acesso à educação. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, 43% dos internos são analfabetos.
O uso de drogas também é preocupante. Por essa razão, foram anunciadas parcerias com comunidades terapêuticas para que sejam realizadas ações voltadas para o tratamento de dependentes químicos. A falta de estrutura é outro problema, conforme denunciado por agentes da Pastoral. Os profissionais relataram deficiências no processo de assistência à saúde, falta de higiene e casos de presos fazendo o papel de agentes penitenciários.
“Precisamos que o sistema se organize para que possamos realizar um trabalho eficaz dentro e fora das unidades”, comentou o diácono Arnaldo de Miranda, integrante da coordenação colegiada da Pastoral Carcerária de Pernambuco. “Precisamos da Igreja e da sociedade para propagar uma cultura de paz. A gente precisa dividir tarefas e a participação da sociedade”, completou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
Já dom Fernando Saburido destacou a importância da participação das Novas Comunidades e da Pastoral Familiar na evangelização e recuperação dos detentos. “Vamos formar um grupo que possa visitar os presídios e ser agente para essa transformação. Não podemos esquecer a assistência às famílias. Queremos descobrir pessoas nas Novas Comunidades que tenham carisma para esse trabalho”, destacou.
Fonte: Folhape
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)





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