Investidores preveem mais inflação, mais juros e menos crescimento
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A recessão econômica deste ano deve ser mais profunda e já condenou o País a não retomar o crescimento no ano que vem. Depois do maior contágio da crise política na economia, os economistas do mercado financeiro revisaram as projeções. Todas as previsões são negativas.
A aposta para a retração da atividade econômica em 2015 passou de 1,8% para 1,97%. Já para o ano que vem, a previsão de crescimento caiu de 0,2% para zero. Para completar um quadro ruim, os especialistas esperam mais inflação, fenômeno que o brasileiro já sente no bolso.
De acordo com a pesquisa semanal feita pelo Banco Central com as principais instituições financeiras, as estimativas para o IPCA, índice usado oficialmente no sistema de metas subiu de 9,25% para 9,32% neste ano. Foi a 17ª alta seguida.
Se confirmado o percentual, será a maior inflação desde 2002.
Com as sucessivas altas do dólar na semana passada, aumentou a desconfiança do mercado financeiro em relação à promessa do BC de fazer a inflação chegar na meta em 2016. O levantamento mostra que a perspectiva para o IPCA subiu de 5,4% para 5,43% no ano que vem.
Mesmo com previsões piores para os preços, os analistas mantiveram a aposta que o BC terminou o ciclo de aumento dos juros. Quando o BC aumenta os juros, com o objetivo de frear o consumo e controlar a inflação, afeta toda a atividade produtiva. O crédito fica mais caro, o que prejudica empresas e trabalhadores.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) na ata da última reunião reafirmou que a alta estaria no fim, mas deixou a porta aberta para mais reajustes na Selic “em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta”
Desde agosto do ano passado, o BC aumenta a Selic. Passou de 11% ao ano para os atuais 14,25% ao ano. Mesmo assim, os dados acumulados mostram resistência.
Na última sexta-feira, o IBGE informou que o IPCA acumulado nos primeiros sete meses do ano chegou a 6,83%, o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003 (6,85%). No ano fechado de 2003, o IPCA foi de 9,30%.
Julho viu alguns cortes de estimativas dos economistas sobre a inflação em 2016, movimento que corroborou nos mercados financeiros as expectativas de fim do ciclo de alta dos juros básicos.
A deterioração das projeções segue a do cenário político que joga mais incerteza sobre a capacidade do governo de controlar as contas e contornar a crise. A turbulência política, inclusive, termina sendo mais nociva para o País do que a crise econômica. Isso porque, fraca e com pouco apoio no Congresso, a presidente Dilma Rousseff tem dificuldades para implementar o ajuste fiscal desenhado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Para a indústria, a retração prevista pelo Focus também piorou de 5% patamar em que foi mantida por três semanas para 5,21%. Ao olhar para 2016, os economistas também reduziram a projeção para o setor de alta de 1,30% para 1,15%.
As mudanças nas estimativas vêm em meio à pior crise política do Brasil desde o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que tem abalado a já fraca economia e a confiança dos agentes econômicos.
Fonte: Jc online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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