Mudança não garante acesso ao parto normal
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Poucas novidades e avanços questionáveis. Essa é a avaliação do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e de mulheres sobre as novas regras para partos custeados pelos planos de saúde anunciadas pela ANS. O conjunto de medidas, que incluem cartão da gestante, partograma, informes sobre percentuais de cesárias e partos naturais e o termo de consentimento para a escolha do método para o nascimento, não são garantias de protagonismo da mulher ao dar a luz. Para garantir o parto normal com a mesma equipe que acompanhou a gestação, por exemplo, as gestantes devem garantir o pagamento dos honorários médicos. E o preço é salgado: de R$ 7 mil a R$ 15 mil, segundo relato de recifenses.
Conselheiro do Cremepe, José Olímpio destaca que essa cobrança é legal, segundo parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM). “É ético, desde que o obstetra não esteja de plantão e que esse procedimento seja acordado com a gestante na primeira consulta. Tal circunstância não caracteriza lesão ao contrato estabelecido entre o profissional e a operadora de plano e seguro de saúde”, diz o texto do parecer 30/12.
Olímpio esclarece que o plano de saúde não paga pela disponibilidade do médico. “Há sempre essa questão de, no pré-natal, se vincular com o médico e querer que ele faça o parto normal pelo convênio. Mas ele não recebe por essa disponibilidade. Não há essa obrigação nos contratos com as operadoras”, justificou Olímpio. Para ele, cabe as operadoras garantir, 24h, equipes obstétricas nas emergências nos hospitais para receber as gestantes.
De acordo com o conselheiro, a maior parte dos planos paga entre R$ 250 a R$ 300 por cesariana marcada. O valor sobe em média 20% quando é uma cesariana em trabalho de parto ou um parto normal. Os convênio que pagam melhor desembolsam R$ 700 por procedi mento.
A fotógrafa Gabriela Liam, 29 anos, grávida de oito meses do segundo filho, reservou R$ 7 mil para ter um parto natural humanizado. Depois de ter sido “enrolada até o final” por uma médica que prometeu fazer seu parto normal na primeira gestação, mas optou por uma cesárea de urgência, a fotógrafa decidiu partir para um profissional que estivesse 24 horas disponível. “Procurei um grupo de incentivo ao parto normal e humanizado que me indicou uma médica. As consultas do pré-natal, o plano cobria, mas parto ela não faz por plano. O choque veio com o valor. Já pagava plano e não é barato, em torno de R$ 500”, contou.
Fonte: Folhape
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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