Sarampo, coqueluche e catapora: doenças infantis ainda fazem vítimas no Brasil
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
É virose. Qualquer um que tenha levado os filhos ao pediatra provavelmente já ouviu esse diagnóstico.
O problema é que há doenças causadas por vírus, comuns da infância, que podem ter consequências graves, como o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora. Várias delas, por terem ficado muito tempo sem ocorrências no País, eram tidas como eliminadas. Ao reaparecerem, dificultam o diagnóstico. Jovens mães e, principalmente, jovens médicos, desconhecem os sintomas e nem sempre sabem do que se trata.
Infectologistas ouvidos pelo R7 também alertam que é preciso ficar atento às doenças bacterianas, como meningite, difteria e coqueluche. Nenhum desses males, que eram muito comuns antigamente, está erradicado. Rosana Richtmann, médica infectologista do Hospital Emílio Ribas, reforça a importância da imunização para o combate eficiente das doenças.
— As doenças por vírus, comuns da infância, são imunopreveníveis, o que significa que temos vacinas disponíveis na rede pública. O melhor exemplo de eficiência da imunização, que é vacinar um grande número de pessoas, é a paralisia infantil. Não temos mais casos no País.
Por que os médicos chamam tudo de virose? Entenda
Sarampo, rubéola e caxumba eram consideradas doenças eliminadas, já que o último caso havia sido documentado no ano 2000. Algumas incidências pontuais, principalmente de sarampo, eram resultado de doentes que vinham de outros países onde as doenças ainda existem, como Estados Unidos, Ásia, África e Europa.
— O pessoal viaja, volta, e desenvolve a doença aqui. Os médicos mais jovens estão desacostumados com a doença, têm dificuldade de diagnosticar sarampo. E essas pessoas podem passar o vírus para crianças que ainda não estejam vacinadas.
Surto no Nordeste
No entanto, por falha na imunização em algumas regiões do País, de 2013 pra cá, começaram a aparecer casos adquiridos dentro do território nacional. Dois Estados foram protagonistas deste surto: Pernambuco e Ceará. Segundo o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, que é professor de pediatria da Santa Casa de São Paulo e coordenador da infectologia pediátrica do Hospital Sabará, foram registrados cerca de mil casos de sarampo em dois anos.
— As vítimas foram indivíduos que não estavam vacinados. Isso mostra que, mesmo sendo uma doença eliminada, não se pode bobear na cobertura vacinal.
No papel de mãe, pediatra também sofre em fila de hospitais
A “inexistência” dos casos durante muitos anos justifica, muitas vezes, a opção de algumas mães de não vacinar seus filhos. No entanto, Sáfadi alerta que controlar uma doença grave, que matava, hospitalizava e sequelava, não significa que ela não seja importante.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





Nenhum comentário