Machado Freire

 Cada indivíduo que passa a vestir a camisa  de “franco e dedicado oposicionista” – numa situação como esta que começa  a se formar em Salgueiro, precisa ter a cabeça voltada para  o consciente coletivo e a  realidade vivida em nosso município, que é um dos que crescem menos no Estado.

Para integrar um movimento dessa natureza, com a responsabilidade que o caso requer, cada cidadão precisa entender que nesse conjunto de forças político-partidárias não  deve existir “nariz arrebitado”,  “vontade pessoal”,  “salto alto”, “eu faço”, eu mando”, etc e tal.

Todos devem entender que   integram  forças heterogêneas, diferente  do grupo que está no poder onde o conjunto dos “paus mandados”  obedece a uma só cabeça. “Para estes,” está tudo certo  e vamos ganhar de novo para permanecermos no come e dorme de sempre, que ninguém é de ferro”.

É muito duro ser oposição, participar de reuniões onde as cabeças pensam diferentes e “encontrar um norte” é uma coisa  complicada, pois no meio desse grupo (coisa natural)  existem  pessoas  que   não conhecem bem os meandros da política e acham que basta  compor uma chapa e tudo  foi resolvido.

É preciso “desarmar os espíritos”, colocar a cabeça no travesseiro, vestir a “camisa da humildade” e encarar os problemas com muita responsabilidade e compromisso de homem público, na acepção da palavra.

Não temos mais tempo para   “aventuras”, para alimentar  vontade pessoal; de se pensar que o nome do candidato ideal é daquele  que possa disponibilizar mais dinheiro em uma campanha. Nada disso!

Estamos vivendo um momento  tão complicado que para se fazer uma campanha séria, é preciso  realizar   de debates públicos com a juventude,  idosos, trabalhadores e empreendedores em geral  deles, inclusive  pessoas que nunca tiveram uma oportunidade para trabalhar e realizar os seus sonhos.

Imagine só: em 1983 Gonzaga Patriota chegou a Assembleia Legislativa  e  começou a gritar e  defender a interiorização  da Universidade. Só agora é que isso começa a acontecer. Quanto tempo perdido, quanta gente que foi embora , deles que não voltarão jamais.

O mesmo aconteceu com a nossa indústria. Ao contrário de aumentar, o nosso parque industrial encolheu.

O polo médico de Salgueiro começa a se estabelecer, com empreendimentos e investimentos   privados.  O poder público municipal não disponibiliza  uma ambulância para atender a população.

Quando  cada pessoa que integra o grupo das oposições se debruçar sobre estes e outros problemas e observar que não é uma tarefa fácil mudar a face do município que estagnou no tempo, apesar de ter recebido o apelido de “Roda do Desenvolvimento”,  vai entender, ao mesmo tempo,  que será preciso mudar a cabeça de muita gente.

Imagine, por exemplo, se um novo grupo assumir os destinos do município  e começar a fazer obras e deixa-las inacabadas; começar a encher  a prefeitura de gente apenas para fazer número e  reforçar o palanque na eleição seguinte. Fica tudo como antigamente!!!!

O  grupo que assumir os destinos  de Salgueiro,  a partir de 2017,  vai ter que começar a trabalhar agora. É preciso    boa vontade, respeito ao povo,  discutir  todos os problemas que envolve a comunidade, etc.  É preciso elaborar um programa de governo com a participação de todas as classes sociais.

Mostrar, por exemplo,  que trabalhar com transparência não é favor de nenhum gestor. É compromisso e responsabilidade exigido por lei.

Quem sabe, por exemplo,  quantos são e quanto recebe uma pessoa  que integra o seleto grupo de “cargos comissionados”?

A  maioria dos municípios de porte médio (e até menores) reduziram salários de prefeitos, secretários, cortaram os cargos comissionados, etc, etc  A administração de Salgueiro ficou caladinha, como sempre, como é o jeito deles de fazer política “com amor”.

Então, senhores  que integram o grupo das oposições vistam a camisa da humildade e da responsabilidade.  Encarem a realidade  e  questionam  com altivez e determinação uma oligarquia  comandada por um grupo familiar que insiste em  se passar  como “a única solução”, como se  a população  fosse idiota e não existisse “nada igual” (pior ou melhor) no  meio  da classe política de Salgueiro e do resto do mundo.

Aliás, o culto à personalidade é uma abstração, algo que a própria lei deplora!

OBS. O momento também é oportuno para “dispensar” os   “traíras” e  “oportunistas de plantão’, pois  mudança de faz com seriedade!

 MACHADO FREIRE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)