“Bati a cabeça e apaguei, acordei com o socorro”, diz sobrevivente
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O estudante Leandro Amorim Silva, 22, é um dos 17 sobreviventes do grave acidente envolvendo um ônibus lotado de estudantes universitários, que tombou no fim da noite desta quarta (8), na rodovia Mogi-Bertioga, entre as cidades paulistas de Biritiba-Mirim (região metropolitana) e Bertioga (litoral). Aluno do terceiro semestre do curso de psicologia da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), o jovem, entretanto, sequer se recorda de como conseguiu escapar da estatística de 18 mortes devido a uma forte pancada na cabeça que lhe ocasionou um traumatismo craniano.
“Não lembro de nada. Estava dormindo, quando senti que o ônibus começou a tombar para um lado, mas logo depois bati a cabeça e apaguei. Só acordei quando veio o socorro dos bombeiros”, disse. Leandro é um dos dois jovens internados na Santa Casa de Misericórdia de Santos. O quadro clínico é considerado estável apesar de ter sofrido um traumatismo craniano, uma fratura em uma das vértebras e outra no braço esquerdo.
Ele foi socorrido e levado, primeiramente, ao Hospital Municipal de Bertioga junto com mais dez feridos. Devido a dificuldade com o atendimento, foi transferido para Santos. “Soube do acidente pela internet, então comecei a ligar nos hospitais. Fui até o de Bertioga, mas estavam com dificuldades para atendê-lo, nem sabiam da fratura, então ele foi transferido”, conta a irmã do jovem, Michele Amorim.
O outro caso é mais grave e envolve Felipe Ferreira da Silva, 17 anos, estudante do primeiro semestre de engenharia civil na UMC. Ele está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital com coágulos no cérebro. Ele teve traumatismo craniano e uma vértebra quebrada e precisará passar por uma cirurgia na coluna.
Mogi
No Hospital das Clinicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, familiares de uma das vítimas, a estudante Estefane da Silva Santos, 19, diz que ela está internada, mas passa bem. Segundo uma irmã, que não quis se identificar, ela vai fazer uma cirurgia. A jovem estuda arquitetura na UMC.
Na Santa Casa de Mogi, duas vítimas estão internadas: Deni Koch, 17, estudante de ciência da computação, também na UMC, e Miliane Andrade, 31, de arquitetura da UMC. Segundo a assessoria do hospital, ambos passam bem, mas nenhum dos dois terá alta nesta quinta (9).
Andrade teve uma lesão na coluna e deve passar por exames. Koch sofreu escoriações e quebrou um braço. Tia da sobrevivente, Gilmar Koch, 45, soube do acidente durante a noite e veio de São Sebastião para Mogi. “Além do meu sobrinho, um vizinho meu morreu”, conta. Pai de Deni, Ademir Koch, 53, diz que ficou desesperado até saber notícias do filho. “Foi um milagre, quase inacreditável que alguém tenha sobrevivido”, afirma ele. O marceneiro diz que o filho deve continuar o curso, apesar da preocupação com o trajeto. “O coração fica apertado, mas a vida continua”.
“Ônibus com problema”
A principal reclamação das famílias que estão em Santos recai sobre os recorrentes problemas mecânicos apresentados pelos ônibus da empresa União do Litoral. “No dia anterior, o ônibus quebrou e eles aguardaram outro, onde foram de pé até chegar na faculdade”, disse Margarida Ferreira de Jesus, mãe do estudante. Segundo ela, na quarta, o filho foi de carro com medo de chegar atrasado numa prova, mas voltou com o ônibus.
“O ônibus sempre quebra, quase toda a semana temos problemas. Quando quebra, mandam outro ainda pior”, acrescentou Leandro. Margarida também faz reclamações sobre a velocidade utilizada pelo motorista, morto no acidente, mesmo com operação comboio.
“Segundo alguns amigos de meu filho, o motorista estava com pressa porque queria encontrar a namorada”, afirmou. Silva também falou que o motorista estava dirigindo “muito rápido para aquelas condições”.
Ainda não há previsão de alta para as duas vítimas do acidente.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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