Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
De acordo com o estudo, o Brasil tem hoje uma capacidade instalada para produzir 2,5 milhões de barris por dia (bpd) e deverá chegar a aproximadamente 2,75 milhões de bpd em 2030 com a conclusão da Abreu e Lima e do Comperj.
Na área da logística, a alternativa é investir em dutos e terminais de importação, com a instituição de estoques estratégicos. Se a opção for mesmo pela importação, serão necessários investimentos em ampliação da capacidade dos portos que já atuam com combustíveis, como Suape – em Pernambuco -, São Sebastião e Santos (SP) e Itaqui (MA), e construção de novos terminais nos portos de Vila do Conde (PA), Pecém (CE) e São Francisco do Sul (SC).
Caso o Governo Federal e os investidores escolham investir nas refinarias, a ANP defende que uma unidade seja instalada no Maranhão, para abastecer o Nordeste, e outra na região do Triângulo Mineiro, para abastecer o Centro-Oeste e parte do Sudeste, além da conclusão da refinaria Abreu e Lima e do Comperj. O estudo afirma que, com este cenário, as regiões Norte e Nordeste estariam autossuficientes em combustíveis.Para o especialista em petróleo e gás Wellington Santos, é melhor optar pelas refinarias. “Não é que seria mais fácil; é mais lógico. Se houver investimento pesado nos portos, quer dizer que o País vai ficar dependente do que chega de fora, abandonando o projeto de refino”, explicou.
No entanto, ele ressaltou que é preciso haver uma divisão entre os modais de transporte. “Nosso modal é totalmente rodoviário, e isso deixa o consumo de hidrocarboneto alto. A nossa grande logística é rodoviária. As pessoas não viajam de trem, só de ônibus e avião, ambos utilizam combustíveis fósseis”, completou.
Conclusão do Comperj e da Rnest enfrentam desafios
Sobrepreços e adiamentos marcam as duas principais plantas de refino da Petrobras em construção no País – o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no Rio de Janeiro, e a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape – ambas no centro das investigações da Operação Lava Jato. Em março deste ano, o início da operação do Comperj foi novamente adiado, dessa vez para 2023. A justificativa da petrolífera foi a dificuldade em encontrar um sócio para o projeto, cujo investimento já chega a US$ 14 bilhões.
No caso da Rnest, dez anos após o lançamento de sua pedra fundamental, o empreendimento ainda opera com capacidade reduzida na sua primeira etapa de refino. Desde o início do projeto, os custos iniciais da Abreu e Lima passaram de US$ 2,5 bilhões para uma estimativa de cerca de US$ 20 bilhões, atualmente.
O chamado Trem 1 processa apenas 100 mil barris de petróleo por dia (a capacidade total seria de 115 mil). Já o segundo trem ficará pronto apenas em 2019. Para atingir sua capacidade total de refino, de 230 mil barris/dia, a Petrobras precisa concluir a Unidade de Abatimento de Emissão (Snox), por exigência da licença operacional emitida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). A licitação para contratação da empresa que vai tocar a obra está em curso. A previsão é que essa etapa seja concluída até julho deste ano.
Fonte: Folha-PE
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