Carlinhos Cachoeira é preso em operação contra lavagem de dinheiro
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na manhã desta quinta-feira (30), no condomínio de luxo em que mora, em Goiânia. O contraventor é um dos alvos da Operação Saqueador, que visa prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos.
O empresário Adir Assad, que já cumpria prisão domiciliar após ter sido condenado a 9 anos e 10 meses na Operação Lava Jato, também foi preso. Assad é suspeito de participar da montagem de empresas de fachada para lavar o dinheiro desviado.
Há ainda um mandado para prender Fernando Cavendish, dono da empresa Delta Construções, responsável por diversas obras públicas, como a reforma do estádio do Marcanã no Rio de Janeiro, por meio das quais os recursos foram desviados. Um ex-diretor da empresa, Cláudio Abreu, foi preso em outro condomínio de luxo em Goiânia.
A PF avalia a possibilidade de acionar a Interpol para localizar Cavendish, que está na Europa desde 22 de junho, mas por volta das 11h aguardava o contato do advogado do empresário para saber se ele pode ser considerado foragido.
Advogado de Cachoeira, Antônio Nabor Bulhões disse que ficou sabendo da prisão no início da manhã, após uma ligação da esposa do cliente, Andressa Mendonça. O advogado informou que irá se inteirar do caso para se pronunciar.
Por volta das 7h, a PF esteve na casa de Cavendish, mas os agentes descobriram que empresário está no exterior. A casa do empresário fica na Rua Delfim Moreira, um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro. Os policiais chegaram ao local por volta das 6h25.
Também alvo de um mandado de prisão, o empresário Marcelo José Abbud não foi localizadono prédio em que vive, em São Paulo. Segundo a PF, Abbud viajou para o exterior na sexta-feira (24), mas seu advogado afirma que o empresário vai se apresentar às autoridades.
A Operação Segundo o Ministério Público Federal, dentre os denunciados estão executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas criadas por Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud.
Lavagem de dinheiro
O MPF descobriu que, entre 2007 e 2012, quase 100% do faturamento da Delta veio de contratos públicos, chegando ao montante de quase R$ 11 bilhões. Conforme os investigadores, desse total, mais de R$ 370 milhões foram lavados por meio de pagamento ilícito a 18 empresas de fachada, criadas pelos chamados “operadores” do esquema.
Segundo o Ministério Público Federal, eles lavavam o dinheiro público em contratos fictícios e sacavam o dinheiro em espécie para o pagamento de propina a agentes públicos. Assim, de acordo com os investigadores, eles impediam o rastreamento das verbas.
De acordo com o MPF, todos os pagamentos a fornecedores eram de responsabilidade do setor administrativo e financeiro da matriz da Delta, sediada no Rio de Janeiro. No entanto, os escritórios e centros de custo dos membros do conselho e dos diretores regionais realizaram despesas com diversas empresas de fachada.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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