Cláudia Cruz diz que soube de conta no exterior só após bloqueio de cartão

00

A jornalista Cláudia Cruz, esposa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou em depoimento à Justiça Federal, nesta quarta-feira (16), que só soube da existência de uma conta no exterior em seu nome depois que o cartão dela foi bloqueado na Operação Lava Jato, em 2015.

Claudia é ré em um dos processos da Operação Lava Jato, acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No depoimento ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, ela preferiu responder apenas aos questionamentos da defesa.

A jornalista se limitou a dizer que “possuía apenas um cartão de crédito internacional”, do qual fazia uso desde “meados de 2008, 2009”. Ela negou ter ocultado ou dissimulado dinheiro no exterior.

Cláudia ressaltou, frente a Moro, que, quando as notícias da Lava Jato saíam na imprensa, Cunha sempre “ficava muito bravo, com muita raiva e socava a mesa”. Nestes momentos, diz ela, o deputado cassado repetia: “O meu dinheiro é lícito!”.

Ela afirmou que sempre acreditou no marido, porque nunca teve motivos para desconfiar da origem do dinheiro dele.

A ré disse que usava o cartão fora do país para pagar os estudos dos filhos. “Os meus filhos com Eduardo estudaram e estavam para estudar fora. Isso [a conta internacional] era para, exatamente, custear os gastos dos estudos e gastos de consumo”.

Ela disse que assinou papéis, apresentados por Cunha, mas não sabia que se “era para a abertura de uma conta ou um cartão”. Ter o cartão em seu nome era para, segundo Cláudia, poder viajar com os filhos sem a presença do marido.

“Porque os meninos poderiam precisar, como foi necessário, que eu viajasse só com eles, sem a presença do Eduardo. Isso aconteceu várias vezes”, disse.

Cláudia disse que não questionou os papéis apresentados pelo marido, para o uso do cartão internacional, porque sempre confiou plenamente nele.

A denúncia
De acordo com as investigações, Cláudia foi favorecida com parte de uma propina milionária supostamente recebida pelo marido. O dinheiro, ainda conforme a força-tarefa da Lava Jato, foi um pagamento ilícito pela viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ela tinha consciência dos crimes que praticava e usou o dinheiro para pagar despesas de cartão de crédito no exterior em um montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos, entre 2008 e 2014.

“Dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa (MPF), no momento que apresentou a denúncia contra Claudia Cruz.

Em agosto, Moro aceitou o pedido da defesa de Cláudia para que fosse devolvido o passaporte dela que estava retido com a Justiça.

A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada.

Na decisão, o juiz observou que a entrega do passaporte à Justiça foi iniciativa da própria defesa de Cláudia Cruz, mas determinou que possíveis viagens realizadas por ela sejam previamente informadas oficialmente.

Eduardo Cunha afirmou, em outras ocasiões, que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.

A defesa de Claudia Cruz afirma que a cliente “não tem qualquer relação com atos de corrupção ou de lavagem de dinheiro, não conhece os demais denunciados e jamais participou ou presenciou negociações ilícitas”.

‘Nunca ouvi falar de Cunha’, diz outro réu
Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira também foi interrogado por Sergio Moro nesta quarta-feira. Ele é réu por corrupção ativa e lavagem de dinheiro na mesma ação penal de Cláudia Cruz.

Diante do juiz, Oliveira negou saber que parte do dinheiro pago de comissão a João Henriques – que responde ao mesmo processo por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção passiva –  foi destinado a Eduardo Cunha.

Oliveira disse que Henriques nunca mencionou nada a respeito. “Eu nunca ouvi falar desse senhor Eduardo Cunha, nunca. Agora que estou ouvindo falar”, afirmou o réu durante o interrogatório.

O ex-presidente da Câmara é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.

Eduardo Cunha é réu em outra ação penal no âmbito da Operação Lava Jato, que também está sob a responsabilidade de Sergio Moro. A ação penal trata da existência de contas na Suíça, em nome do ex-parlamentar.

Quer saber mais notícias do estado? Acesse o G1 Paraná.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

Clipping
Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.