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Déficit em Sergipe cresce 29% em 2016 e estado sofre com efeito dominó
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A crise fiscal atingiu em cheio a economia de Sergipe. O resultado primário, ou seja, a diferença entre as receitas e despesas do estado, atingiu um déficit R$ 864 milhões no primeiro semestre deste ano, um alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi)/Tesouro Nacional. Com a piora das contas públicas, o estado vem atrasando salários, pagamentos de fornecedores e paralisou 26 obras.
Desde o mês de janeiro, os salários dos servidores têm sido parcelados e pagos depois da data prevista. Um problema reconhecido pelo Governo do Estado, que diz está fazendo malabarismos para evitar que a situação ganhe proporções ainda maiores. “Este não é um problema exclusivo de Sergipe. A crise atinge outros 20 estados e um dos fatores foi a diminuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE)”, observou o governador Jackson Barreto.
Segundo o Secretário de Comunicação Sales Neto, o FPE representa mais de 60% da arrecadação e só no mês de junho a perda foi de R$ 8 milhões, em relação a mesma parcela do ano passado.
A aposentada Lia Santos, de 68 anos, precisou ajustar as contas diante do atraso dos pagamentos. “Até a minha alimentação ficou comprometida com os atrasos nos pagamentos. Minha feira caiu de R$ 800 para R$200. Ando recebendo muitas cobranças, porque não estou com as contas em dia e isso é um constrangimento. Só queria ter a certeza de uma data fixa para receber meu pagamento”, desabafou.
Fornecedores
O secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, também admitiu o atraso no pagamento de fornecedores. “Essa é uma crise bastante grave. E faz com que o estado não tenha condições de honrar com os pagamentos que ele tem que fazer durante o mês, como salários e fornecedores. O governo tem atuado localmente no sentido de se desfazer de determinados bens, como imóveis e áreas do estado. Estamos buscando alternativas junto ao governo federal para compensar a queda de arrecadação”, disse.
Além da queda no FPE, o orçamento 3,9% mais curto, comparado ao do ano passado, também contribui para o arrocho financeiro. Em 2015 era de R$ 8,62 bilhões, já o de 2016 foi projetado em R$ 8,29 bilhões. Segundo a Secretaria de Estado do Planejamento Orçamento e Gestão do Governo de Sergipe (Seplag), entre as despesas que apresentaram maior redução estão: administração, saneamento, ciência e tecnologia, transporte e desporto e lazer.
Obras paradas
Os impactos da crise também afetam serviços considerados importantes para o desenvolvimento de Sergipe. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), atualmente 26 obras foram paralisadas devido à falta de repasses do governo federal e do governo estadual. Entre os serviços que deixaram de ser realizados estão: recapeamento, asfaltamento, licença ambiental e indenizações para desapropriação de terrenos para realização das obras.
Ainda segundo a Seinfra, 95 obras estão em andamento, 92 em processo de licitação e 25 obras já foram concluídas. A Secretaria informou também que o investimento em obras no estado é de cerca de R$ 700 milhões.
Fonte:G1
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