Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Na manhã desta segunda (4), a Polícia Federal deflagrou em Pernambuco uma operação com o objetivo de desarticular um esquema montado nas redes sociais para ameaçar duas juízas federais. De acordo com a PF, as mensagens eram enviadas de dentro do Complexo Prisional do Curado. Um dos suspeitos de envolvimento no caso é um detento que atualmente cumpre pena em uma das unidades prisionais.
A operação Égide de Athena busca cumprir oito mandados de condução coercitiva nos bairros do Rosarinho e Boa Viagem, no Recife, e nos municípios de Abreu e Lima e Olinda, para familiares do preso, donos de provedores e um advogado. Às 9h, ao menos duas pessoas prestavam depoimento na sede da PF, na região central do Recife.
Ao todo, 30 policiais e um representante da Ordem dos Avogados do Brasil – Seção Pernambuco (OAB/PE) para dar cumprimento aos mandados. Os policiais também irão cumprir um mandado de prisão preventiva em favor do detento, além da transferência do homem para um presídio federal de segurança máxima.
De acordo com a PF, a investigação começou há menos de um ano, quando um perfil suspeito no Facebook postou ameaças e intimidações a duas juízas federais. A partir da quebra do sigilo da conta suspeita na rede social, a Polícia identificou os endereços dos possíveis usuários que acessaram o usuário no período da publicação das mensagens ofensivas. Conforme a operadora telefônica, os acessos foram feitos a partir do aparelho que consta no nome do detento.
Durante uma ação no Complexo Prisional do Curado, foram apreendido quatro aparelhos celulares que estavam na cela do presidiário e, após perícia, ficou constatado que o envio das mensagens havia sido feito através de um dos aparelhos que estavam com o detento. A perícia também constatou que o preso também fez uso da mesma conta de e-mail para pedir informações sobre compra de armas, questionando o preço da entrega no Recife.
Caso seja comprovado o envolvimento de outras pessoas no caso, os suspeitos podem cumprir pena de até quatro anos de reclusão. Ainda segundo a PF, uma das juízas era alvo de ameaças de morte por parte do detento. Em duas situações, ela condenou o detento e, para se vingar, ele decidiu iniciar as ameaças pela internet.
O preso já havia sido envolvido num esquema que desviava recursos federais para pagamento do seguro-desemprego e do Bolsa Família, em 2013. Desde o ano anterior, a quadrilha atuava em Olinda e foi responsável pela liberação de mais de 1.400 benefícios fraudulentos, causando um prejuízo de cercas de R$ 7 milhões aos cofres públicos. Na época, o detento foi condenado a 25 anos e quatro meses de reclusão por sentença expedida pela Justiça Federal.
Fonte: G1
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