Em debate, Trump diz que decidirá ‘na hora’ se aceita resultado da eleição

00Hillary Clinton e Donald Trump se enfrentaram diretamente pela última vez antes das eleições em um terceiro debate na noite de quarta-feira(19). O encontro aconteceu na Universidade de Nevada, em Las Vegas, e teve mediação de Chris Wallace, âncora da emissora Fox News.

Na parte mais polêmica, ao ser questionado se irá aceitar o resultado da eleição, independente de qual seja, Trump disse que vai “olhar isso na hora”, não agora. Ele voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral, acusando a imprensa de desonestidade. “Não estou avaliando nada agora. Vou olhar na hora”, disse. Pressionado mais uma vez, afirmou: “O que estou dizendo agora é que vou dizer na hora. Vou mantê-los em suspense, ok?”

Hillary reagiu dizendo que esse é um padrão de Trump, que também já acusou o prêmio  Emmy de ser fraudado quando seu reality show “The apprentice” perdeu, e insinuou ainda que o FBI havia sido corrompido quando este deu um parecer que livrava a democrata de uma acusação no caso dos servidor de e-mails. Ela afirmou que o republicano está denegrindo a democracia dos EUA com esse discurso.

A 20 dias das eleições, que acontecem em 8 de novembro, Hillary lidera as pesquisas de intenções de votos.

Sem cumprimentos
Assim como aconteceu no segundo debate, em 9 de outubro, os candidatos não se cumprimentaram ao serem anunciados.

O primeiro assunto da noite foi a Suprema Corte, já que o próximo presidente terá que indicar um substituto para o juiz Antonin Scalia, morto este ano. Hillary respondeu que espera que o Senado aprove a indicação feita por Obama, sugerindo que deve manter a sugestão de Merrick Garland para o cargo. “A Suprema Corte deve representar a todos nós”, disse, afirmando que, a esta altura da história, o país não pode voltar atrás na igualdade de gêneros, nos direitos LGBT e outros temas.

Trump respondeu que sua indicação será a de alguém “pró-vida” e que irá apoiar a Segunda Emenda (que garante o direito a ter armas) e interpretar a constituição do jeito que “ela foi feita para ser”.

A resposta deu início a uma discussão sobre o porte de armas, com Hillary reafirmando que não é contra esse direito, mas defendendo medidas mais severas de checagem. “Não vejo conflito em salvar as vidas das pessoas e defender a Segunda Emenda”.

A polêmica continuou com a discussão sobre o aborto. Trump admitiu que, como deve indicar alguém “pró-vida” para a Suprema Corte, acha natural que a decisão de liberar o aborto seja revogada. Antes, porém, tentou evitar uma resposta direta, afirmando que cada estado deveria poder decidir por si.

Hillary respondeu que não acredita que o governo deva decidir algo tão pessoal e importante na vida de uma mulher. Ela disse ainda que a decisão de fazer um aborto não é algo simples e que em geral é a mais difícil e triste decisão que uma mulher e sua família precisam tomar.

Segurança
Ao comentar imigração e segurança nas fronteiras, Trump disse que sua rival é “a favor do muro” e que chegou a votar por sua construção em 2006. Hillary respondeu que votou por mais segurança nas fronteiras e que continua defendendo isso, mas nunca apoiaria um plano como o de Trump, de erguer um muro na fronteira com o México. A democrata voltou a dizer que não quer separar famílias e acusou Trump de ser um dos empregadores que exploram mão-de-obra de imigrantes ilegais.

O tom das acusações se elevou quando Trump acusou Clinton de querer “fronteiras abertas” e Hillary citou o presidente russo, Vladimir Putin, que já elogiou Trump. Ele respondeu que pessoas como Putin não querem alguém como ela na presidência e a democrata rebateu que eles preferem uma “marionete” na Casa Branca. Trump então se exaltou e passou a interromper a fala da oponente e não dar espaço ao moderador que tentava equilibrar o diálogo.

Hillary também acusou o governo russo de estar por trás do vazamento de e-mails do coordenador de sua campanha. Ela afirmou que 17 agências de inteligência concluíram que os ataques vieram do alto escalão russo e tinham como intenção influenciar as eleições nos EUA. Trump respondeu que não conhece Putin e que obviamente condena qualquer tentativa de interferência russa nas eleições. Ele então voltou a provocar a rival, dizendo que ela odeia Putin porque ele foi “mais esperto” do que ela.

Economia

Ao falar sobre economia, os dois candidatos repetiram os pontos básicos que já abordaram nos outros debates e que sempre citam em suas campanhas. Hillary defendeu o crescimento da economia com mais oportunidades para a classe média, elevação do salário mínimo, igualdade salarial entre homens e mulheres, e criação de empregos com a ampliação do uso de energia limpa. Ela também negou a acusação de Trump de que ela pretenda elevar impostos.

Trump, por sua vez, mais uma vez se queixou de empregos sendo perdidos para países como o México, criticou a política econômica de Obama e disse que irá cortar impostos “maciçamente”.

A troca de acusações continuou, com Hillary dizendo que Trump agora “chora lágrimas de crocodilo”, mas construiu seus prédios com aço chinês, e não americano, e que ele mesmo envia empregos ao México e à China. Em sua resposta, ele questionou o que ela fez nos últimos 15 ou 20 anos, pediu que ela apresente resultados e diz que, quando ela era secretária de Estado, US$ 6 bilhões sumiram. “Ou eles foram roubados, ou…”, não concluiu.

Assédio
Ao ser questionado sobre as mulheres que o acusam de assédio sexual, Trump acusou diretamente a campanha de Hillary de estar por trás dessas denúncias, que classificou como falsas, e acusou sua oponente ainda de contratar pessoas para tumultuar seus comícios. Segundo Trump, os frequentes casos de violência em seus comícios são totalmente culpa dos democratas, que estariam cometendo um “crime” ao pagar pessoas para se infiltrar e causar confusão.

Hillary respondeu citando diversos comentários já feitos pelo republicano sobre mulheres em tom desrespeitoso, inclusive desqualificando algumas delas como não atraentes o suficiente para serem assediadas. Mesmo com a candidata citando frases que ele mencionou em público, inclusive nos outros debates, Trump interrompeu negando todas elas.

A candidata democrata lembrou ainda que as mulheres não foram as únicas ofendidas por Trump, e diz que ele nunca se desculpou pelo que disse a mexicanos, aos pais de um soldado muçulmano que morreu a serviço dos EUA e a um repórter com doença congênita, a quem ridicularizou em um discurso.

Os dois candidatos também confrontaram as realizações de suas fundações. Hillary destacou a ajuda que a Clinton Foundation prestou ao Haiti e Trump respondeu que “eles não querem mais sua ajuda”. Ele disse ainda que 100% do dinheiro arrecadado pela Trump Foundation é destinado à caridade. A democrata rebateu que é impossível saber o quanto disso é verdade, já que ele nunca revela suas declarações de imposto de renda.

Mossul
Iraque e Síria também foram usados por Trump para criticar Hillary, com ele mais uma vez afirmando que ela não fez um bom trabalho como secretária de Estado e ajudou a criar o cenário atual e o surgimento do Estado Islâmico. Ele se mostrou ainda pessimista em relação a Mossul e àbatalha pela retomada da cidade iraquiana. “Não vamos recuperar Mossul e o maior beneficiado será o Irã”.

Hillary expressou sua opinião contrária, e disse que acredita na retomada de Mossul. Segundo ela, depois disso o próximo passo será recuperar Raqqa, na Síria. Ela disse ainda que as imagens de Aleppo são assustadoras e que é por isso que não se pode bater a porta na cara de mulheres e crianças refugiadas.

O crescimento a relação entre a dívida e o PIB do país, que seria provocado pelo plano de qualquer um dos dois candidatos, segundo analistas, foi o assunto final. Trump negou, dizendo que irá criar tantos empregos que a economia irá crescer e esse problema não existirá. Já Hillary afirmou não haver evidências de que a economia vai desacelerar, mas disse que as propostas de seu adversário iriam aumentar a dívida.

Trump aproveitou ainda para criticar o Obamacare e diz que ele está “destruindo” a economia do país, enquanto Hillary defendeu o sistema e disse que não irá cortar benefícios.

Ofensa
Durante essa última resposta, ela disse que irá taxar mais apenas os mais ricos e fez uma brincadeira, dizendo que sua contribuição social irá ficar mais cara, assim como a de Trump, “se ele pagar”. Ao ser mencionado, Trump se aproximou do microfone e a atacou: “que mulher nojenta (nasty)”.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

Clipping
Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.