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Em Pernambuco, natal será magro para o comércio
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O designer Eduardo Amorim não vai comprar presentes neste final de ano. Se houver uma exceção, será algo para sua mãe. Ele faz parte do grupo de pernambucanos que evitará o comércio durante as festas. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE), neste dezembro o varejo venderá 2,7% menos que no mesmo período em 2015, que já foi um ano de quedas para o comércio. E o número de pessoas que irá comemorar as duas datas também diminuiu, passando de 62,4% em 2015 para 57,9% este ano.
O número de consumidores que irá recorrer ao cartão de crédito nas compras de Natal e Ano Novo também aumentou, passando de 28,8% para 31,2%. Em compensação, a quantidade de pessoas que não irá comemorar nenhuma das festividades diminuiu, passando de 20,6% para 18,4%. Rafael Ramos, economista do instituto, afirma que o cenário ainda é turvo mas aponta para dias melhores para o consumo.“O ano que vem deverá ter menor pressão na renda das famílias com a queda da inflação, que ficará em 6,5%, e a diminuição da taxa de juros, já sinalizada pelo Banco Central, que ficará em 10%. Isso fará diferença no consumo porque hoje o financiamento está restrito e caro”, explica. Segundo ele, o desempenho do comércio em 2017 dependerá também da queda da taxa de desemprego. E é justamente essa a principal causa apontada para o corte de gastos dos pernambucanos, aparecendo em 33,7% das respostas, seguida de dívidas (28,7), pouco dinheiro (22,9%) e preços elevados (18,6%).
Para Eduardo Amorim, vale mais a pena comemorar as festas que gastar com roupas e presentes. “Ficar em casa deprimido por causa da crise é que não dá”, comenta. Ele ressalta que, se for gastar, dará preferência a empreendedores locais. “Acredito que as pessoas devam valorizar produtos pernambucanos na hora das compras, acho que é um momento para investir em itens autorais e daqui, para circular o dinheiro dentro do estado”, reforça.
A contadora Paula Ramos – ao contrário de Eduardo, que passará o réveillon em uma festa privada – prefere economizar e investirá em comemorações em casa. “No início do ano tenho muitos gastos, então prefiro me conter agora. Estou me planejando para ter um 2017 folgado”, revela.
Ainda de acordo com a pesquisa, a principal opção para presentear continua sendo roupas e acessórios para vestuário (48,7%), seguida por perfumes e cosméticos (26,7%), calçados e acessórios de couro (23,5%), joias, bijuterias, relógios e óculos (19%). O item que sofreu grande redução foi brinquedos, antes a preferência das crianças, que caiu para 10,7%, assim como cama, mesa e banho que ficou com 6,8% das preferências. Na contramão, aparecem os celulares, smartphones e tablets com 6,1% das intenções de compra, maior que o observado ano passado, de 5,7%.
Fonte: DP
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