Um grupo com 46 pessoas, formado por amigos e familiares da Menina Beatriz Mota, encontrada morta no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Petrolina, no Sertão do Estado, em dezembro de 2015, veio até o Recife nesta terça-feira (19) fazer um protesto pela resolução do caso em frente ao Palácio do Campo das Princesas.”Nós temos sede de justiça, não queremos que a pessoa que fez isso conviva normalmente na sociedade”, disse Denilíria Amorim Cavalcanti, 29, amiga da família.

Os manifestantes trouxeram um abaixo assinado com, aproximadamente, vinte mil assinaturas, colhidas em duas semanas, cobrando a resolução do caso que já se estende por 7 meses e só pretendem entregá-lo nas mãos do governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Entretanto, o palácio já tinha informado que o secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho e o chefe da Polícia civil Antônio Barros receberiam o documento. “O governador nos prometeu agilidade no caso e marcou um encontro que não foi cumprido”, conta a amiga da família.

“Um evento com quase 3 mil pessoas e ninguém viu, ninguém sabe de nada?”, questiona Denilíria. Além de duvidar da presença de apenas um autor do crime: “Foram 20 minutos entre a última vez que Beatriz foi vista e o momento em que ela foi encontrada morta. Não foi um crime cometido por uma pessoa só”, afirma.

Recentemente o governo da Bahia ofereceu ajuda a família da criança e Michelle Chaves dos Santos, madrinha de Beatriz, comentou o fato: “Estamos esperançosos e confiantes com a Bahia ter oferecido ajuda nas investigações. É vergonhoso Pernambuco precisar de ajuda de outro governo.”, afirma.

A madrinha ainda denunciou a falta de assistência da instituição de ensino: “O colégio nada tem feito desde o crime, nem assistência aos pais”.

Em nota a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, e o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, estiveram à disposição do grupo, mas eles foram irredutíveis e só querem ser atendidos pelo governador que não se encontra no Palácio. Ainda segundo a nota, A SDS afirmou que estão empenhados para solucionar o caso e que para não atrapalhar as investigações não podem divulgar detalhes do caso. O grupo ainda está protestando na frente do Palácio.

Perícia
Nesta segunda-feira (18) o médico legista alagoano, George Sanguinetti, conhecido por atuar no caso da menina Isabela Nardoni e PC Farias, divulgou em sua página do Facebook que foi convidado pelo advogado do colégio para entrar nas investigações, mas a notícia não foi bem aceita pelos familiares e amigos da família. “Não interpretamos a vinda de Sanguinetti como uma colaboração para o caso, embora aumente a repercussão na imprensa. Infelizmente, no trabalho dele em si não acreditamos”, afirma Denilíria Amorim.

Fonte: Folhape

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)