Kerry mantém expectativa de se chegar a novo cessar-fogo na Síria

01O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou neste domingo (16), após se reunir com os ministros de Relações Exteriores europeus em Londres, na Inglaterra, que mantém a expectativa de se chegar a um novo cessar-fogo na Síria nesta semana.

“Há trabalho a ser feito nos próximos dois que poderia levar, pelo menos assim esperamos, a abrir as portas para um novo cessar-fogo. Mas será difícil”, disse Kerry, em entrevista coletiva conjunta com o chanceler do Reino Unido, Boris Johnson.

Após a reunião, Kerry destacou ainda que os aliados ocidentais pretendem impor novas sanções econômicas contra a Síria e a Rússia motivadas pelas ações em Aleppo.

“Nós planejamos sanções suplementares e queremos ser claros, o presidente [americano, Barack] Obama não descartou nenhuma opção no momento”, declarou.

O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, disse que foram propostas “várias medidas”, “incluindo medidas suplementares contra o regime e seus apoios”. “Estas medidas afetarão os autores de esses crimes”, avisou.

Kerry minimizou a possibilidade de uma ação militar, acrescentando que seu dever era esgotar todas as soluções diplomáticas. “Conversamos sobre todos os mecanismos à nossa disposição, mas não vejo nenhum interesse por ir à guerra em nenhuma parte da Europa.”

Kerry se encontrou em Londres com Johnson e os ministros das Relações Exteriores de França e Itália depois da reunião de sábado (15) em Lausanne, na Suíça, com os chanceleres da Rússia e das principais potênciais regionais envolvidas no conflito sírio.

“Tivemos uma discussão muito honesta com russos e iranianos sobre como podemos exatamente chegar ao acordo. Minha missão é esgotar todas as possibilidades para uma solução pacífica”, disse Kerry.

Suíça
No sábado (15), em Lausanne, a conferência sobre a Síria da qual participaram representantes dos EUA, Rússia e os atores-chave do conflito terminou sem avanços concretos.

Os participantes na reunião, a metade defensores do regime de Damasco e a outra metade da rebelião síria, se levantaram da mesa após pouco mais de quatro horas de negociações em um hotel da cidade suíça.

A reunião, que apresentou um novo formato (os países europeus não foram convidados), foi precedida por uma reunião entre John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, que não se viam desde o início da ofensiva russo-síria, há três semanas, em Aleppo.

Os bairros do leste da cidade, controlados pelos rebeldes, permanecem sob fogo cruzado, sobretudo os de Hanano, al Maysar e Inzarat, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

De reunião em reunião
Antes mesmo de começar, os participantes não escondiam a baixa expectativa em torno da reunião na Suíça. O encontro aconteceu em um contexto extremamente tenso entre Moscou e os países ocidentais, que acusam a Rússia de ter cometido “crimes de guerra” em Aleppo.

EUA e Rússia negociaram durante quase um ano sobre a Síria em várias reuniões e impulsionaram dois acordos de cessar-fogo em 2016 que duraram poucas semanas.

O fracasso se deveu aos diferentes interesses neste conflito extremamente complexo, onde estão implicados uma dezena de países.

Desde que a trégua foi rompida no final de setembro e começou a ofensiva contra a parte da cidade em poder dos insurgentes, onde vivem cerca de 260 mil habitantes, mais de 370 pessoas foram mortas, a maioria civis, segundo o OSDH.

Entre as vítimas estão mais de 130 crianças, de acordo com a ONG Save the Children. O regime de Damasco e seu aliado russo garantem que os bombardeios a Aleppo são para “eliminar os terroristas”.

Há dois dias, Moscou propôs que os rebeldes saíssem da cidade, prometendo-os segurança. Já a ONU projetou um plano para a saída dos combatentes do Fatah al Sham, ex-Frente Al Nusra.

Mas tanto a oposição quanto seus apoios temem que, sob o pretexto de evacuar os combatentes, o regime e a Rússia só busquem uma rendição forçada de Aleppo.

Desde março de 2011, o conflito na Síria provocou a morte de mais de 300 mil pessoas, deixando milhões de deslocados e refugiados.

Crimes de guerra
Na sexta-feira, Kerry disse que é necessária uma “investigação dos crimes de guerra” cometidos pela Rússia e pelo regime sírio em Aleppo, onde ambos mantêm uma “estratégia para aterrorizar os civis” com ataques a hospitais que vão “muito além do acidental”.

“A Rússia e o regime devem ao mundo mais que uma explicação sobre os motivos pelos quais seguem atacando hospitais, instalações médicas, crianças e mulheres”, disse Kerry, ao lado de seu colega francês, Jean-Marc Ayrault, no Departamento de Estado, em Washington.

“Esses são atos que exigem uma investigação apropriada de crimes de guerra, e aqueles que os cometeram deveriam prestar contas por essas ações”, acrescentou.

Os frequentes bombardeios a hospitais da cidade síria, por parte da aviação nacional e da russa, “vão além do acidental, mas muito além”, opinou Kerry. “Esta é uma estratégia coordenada para aterrorizar os civis e matar todos que estiverem no caminho de seus alvos militares”, disse o secretário de Estado.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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