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Laudo comprova que policial enviou bomba para advogado, diz delegado
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A Polícia Civil informou na manhã desta quinta-feira (29) que laudos periciais comprovam que o policial federal aposentado Ovídio Rodrigues Chaveiro foi quem mandou uma bomba para o advogado Walmir Oliveira da Cunha, de 37 anos, em julho deste ano, em Goiânia. O agente está preso, assim como o irmão dele, Valdinho Rodrigues Chaveiro, que é suspeito de ameaçar a vítima por causa de uma ação familiar.
De acordo com o delegado Valdemir Pereira da Silva, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), os laudos do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica de Goiás reforçam a convicção sobre a autoria do atentado. “Esse foi um ato de vingança, um atentado contra a Advocacia do Brasil. O Walmir ganhou uma ação e isso causou uma revolta nos investigados e, consequentemente, eles partiram para vingança. Os laudos comprovam que foi o Ovídio quem entregou a bomba para um motoboy, que levou até o escritório da vítima”, afirmou.
O delegado explicou como a investigação chegou até os suspeitos. “Logo após o atentado o advogado foi ouvido e nos falou que tinha sido ameaçado por esses policiais. A gente já sabia que o motoboy que entregou o pacote era inocente, mas foi a partir do depoimento dele que encontramos as imagens de câmeras de segurança que registraram a pessoa que encomendou a entrega. A partir desse vídeo fizemos uma comparação inicial com a figura do Ovídio e vimos que havia semelhança. Então, passamos a investigá-lo e entregamos as evidências ao Instituto de Criminalística”, relatou.
A partir dos levantamentos, a equipe de peritos analisou as características físicas do suspeito que aparecia nas imagens com as de Ovídio, como cabelos, cor da pele, altura e queixo quadrado. Além disso, foram analisadas confrontadas as roupas que eram usadas pelo homem que aparecia no vídeo com as que a polícia apreendeu na casa do policial federal aposentado.
“Um fato que nos chamou a atenção foi uma tala que aparecia no braço do suspeito. Em levantamentos feitos a respeito da vida do Ovídio, encontramos fotos em uma rede social dele que mostram que ele também usava essa tala no braço. Sem contar que todas as outras.
A superintendente da Polícia Técnico-Científica do Estado de Goiás, Rejane da Silva Barcelos, responsável pelo Instituto de Criminalística, explicou como foi feita a identificação do suspeito.
“O delegado nos trouxe 15 vídeos nos quais o suspeito aparecia. Então nossa equipe de peritos retornou até os locais e colocaram uma base de referência para que a gente pudesse comparar peso, idade, sexo. Inclusive a gente concluiu que o queixo, a cor do cabelo, a cifose, que é um desvio na coluna, a estatura, tudo bate. Também fizemos a análise das peças de roupas que foram apreendidas na casa dele e há compatibilidade com as que foram usadas pelo homem que aparece no vídeo”, afirmou.
Rejane ressaltou, ainda, que foi feito um mapeamento dos locais e a velocidade que o suspeito andou antes de entregar a bomba para o motoboy.
Ameaças
O delegado explicou que as investigações apontam que Ovídio entregou a bomba, mas o irmão dele, Valdinho, já tinha feito ameaças ao advogado, tudo porque a guarda da neta dele tinha sido revertida, por meio de uma medida judicial, na qual Walmir atuou.
“A guarda da criança foi retirada da filha de Valdinho e entregue ao pai. Então, o policial ameaçou o escritório do advogado. Ele disse para uma estagiária que trabalha no local: ‘Todos aqueles que participaram na ação iam pagar pelos prejuízos que geraram a minha família’. Assim, ele tinha interesse direto na morte do advogado. Isso está provado dentro dos autos”, afirmou Silva.
Fonte: G1





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