Consumidores fizeram fila ontem no posto Escadense, na Rua São Miguel, bairro de Afogados. O motivo era o preço da gasolina, vendida por R$ 3,27 o litro. Menos movimentados, outros estabelecimentos também comercializavam o combustível na mesma faixa de preço. Por trás das promoções, a tentativa dos donos de postos de tentar reverter a queda no consumo, que ronda o setor por conta da crise, mas foi afetado especialmente neste mês de férias escolares.

Segundo o gerente do Escadense, Sivaldo Santos, esse valor está em vigor há uma semana e sem perspectivas de alteração. Com isso, o posto está sempre cheio de clientes, principalmente nos horários de pico. Por dia, cerca de 1.500 carros abastecem no local, onde são vendidos, em média, 30 mil litros de gasolina.
“A rede costuma fazer promoções com o preço do combustível, mas só aceita pagamento em dinheiro. O valor também varia de acordo com o bairro e a concorrência na área. Nesta rua, por exemplo, a briga de preços é bem grande”, explica Sivaldo.

A aposentada Sidineia Santos mora na Imbiribeira e ultimamente tem preferido abastecer no Escadense. Como usa bastante o carro para se locomover, opta por deixar o tanque cheio e ir completando nos lugares onde o preço está mais acessível. “Eu abasteço aqui desde que o preço deu uma baixada. Antes, o movimento era meio fraco mas agora tem sido bastante agitado”, disse.
O taxista Ernane Severiano também escolheu o estabelecimento por conta do preço atrativo. Como trabalha com o veículo diariamente, a economia é importante para o orçamento. “Se eu gastava em média R$ 90, tenho gastado R$ 60. Vale a pena essa economia”, comemora.

O posto BR, também na Rua São Miguel, estava vendendo a gasolina por R$ 3,38. Segundo informações da gerência, o valor não deve ser alterado, caso isso ocorra, pode haver uma redução até R$ 3,19, para competir com os demais postos da área. Já na Avenida Abdias de Carvalho, o preço do litro era de até R$ 3,59, abaixo da média cobrada na Região Metropolitana do Recife. No posto da rede Dislub, a gasolina baixou de R$ 3,65 para R$ 3,49, para acompanhar a concorrência.
De acordo com Alfredo Pinheiro Ramos, presidente do Sindicato de Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), essa variação se deve à liberdade do mercado. Com redução de 2,4% no consumo de gasolina, de janeiro a maio deste ano, e com a previsão de que a queda chegue a 12%, nos meses de junho e julho, os proprietários tentam se adaptar para conseguir fechar o orçamento com saldo positivo.

“Existe uma grande competitividade na Região Metropolitana e somente neste ano nove postos já fecharam por conta da crise. O mercado é livre quanto ao preço cobrado, mas como os custos são os mesmos, é possível que quando acabe o mês de julho, que é de férias, o valor volte a subir um pouco”, conclui Pinheiro.

Fonte: DiarioPE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)