Pai de menino morto por colega de 15 anos diz que jovem ‘não tem coração’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O pai do estudante Pedro Carlos Vidoreto Viesi, de 15 anos, morto em setembro deste ano ao ser esfaqueado por um colega em Guariba (SP), fez críticas à sentença aplicada ao jovem. A Justiça determinou que o adolescente de 15 anos permaneça internado na Fundação Casa de Araraquara(SP) por seis meses até que seja avaliado pelas autoridades. Segundo a legislação, a pena máxima para menores infratores é de três anos de reclusão.
“Se ele teve a capacidade de tirar a vida do meu filho, ele tem a capacidade de tirar a vida de qualquer um. Coração ele não tem. A gente espera um pouco mais da lei”, diz Márcio José Viesi.
Segundo a defesa, o adolescente está na unidade educacional há 45 dias, desde que a Justiça decretou sua internação provisória após ele confessar o homicídio. À polícia, o jovem disse que agiu em legítima defesa porque vinha sendo ameaçado pela vítima, após os dois se desentenderem. A alegação, no entanto, foi descartada pela juíza.
Ainda cabe recurso para a sentença. Por telefone, o advogado de defesa do menor, Carlos Alberto Telles, informou que aguarda ser notificado da decisão.
Morte na volta da escola
Pedro foi morto no dia 15 de setembro quando voltava da escola para casa. Segundo testemunhas, o garoto e um amigo seguiam a pé quando começaram a ser perseguidos por outros jovens. O colega conseguiu escapar, mas Pedro foi esfaqueado e morreu na hora.
A Polícia Civil identificou o suspeito, que prestou depoimento e confessou o crime. Segundo o delegado Izildo Aparecido Beltrame, o adolescente alegou que estava sendo ameaçado pela vítima, e que agiu em legítima defesa.
A Promotoria da Infância e Juventude de Guariba pediu a internação do adolescente, que foi levado para a Fundação Casa. No fim de outubro, ao relatar a sentença, a juíza Daniela Dias Graciotto Martins afirmou que o jovem agiu com frieza ao falar sobre a morte da vítima.
“Chegou mesmo o representado a afirmar para a técnica da Fundação Casa que a vítima, morta, era ‘menos um para encher o saco'”, argumentou a magistrada.
Com base em laudo multidisciplinar da Fundação Casa, a Justiça também constatou que ele não demonstrou arrependimento em relação ao fato. “Apesar da pouca idade, não demonstra arrependimento, tampouco consegue valorar o quão grave foi o resultado de sua conduta”, registrou a sentença.
O adolescente ficará internado por seis meses. Ao fim do período, será reavaliado para nova decisão.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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