Para evitar síndrome do ninho vazio, mães mentalizam felicidade dos filhos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Acompanhar de perto o crescimento dos filhos é um prazer para qualquer mãe. Entretanto, a chegada da maturidade dá aos rebentos o poder de escolher os rumos da própria vida, o que, em alguns casos, assusta as mulheres que deram à luz. Esse é o cenário propício para a síndrome do ninho vazio, que traz consigo um misto de tristeza e orfandade às mães por verem as crias saindo de casa. Para driblar essa sensação, há mulheres que se concentram em pensar na felicidade e na realização dos próprios filhos numa nova fase da vida deles.
“Eu já conhecia mães que tinham forçado os filhos a voltarem para casa e vi que isso não dava certo”, conta Ana Karina Lócio, 43, mãe de quatro filhos homens. Em 2008, o mais velho, Pedro Augusto – já maior de idade na época – decidiu fazer intercâmbio nos Estados Unidos. “Quando ele foi estudar lá, eu sabia que seria uma boa oportunidade para ele aperfeiçoar o inglês e conhecer novos lugares, mas a saudade não era tanta porque eu sabia que ele iria voltar”, lembra.
Entretanto, no meio da viagem, Pedro optou por estudar no Canadá e, desde então, não quis mais sair da América do Norte. Ao receber a notícia de que ele não retornaria ao Brasil, a mãe tomou um choque, mas decidiu não interferir na escolha do filho. As palavras ditas ao primogênito, às lágrimas, são lembradas com precisão mesmo depois de oito anos. “Eu disse que iria sofrer muito com a ausência dele, iria sentir muita saudade, mas que seria feliz em saber que ele estava feliz”, relembra a mãe.
Desde então, a saudade tem sido amenizada através de viagens anuais e principalmente por chamadas de vídeo via internet – foi através da web, inclusive, que Pedro Augusto conheceu o irmão mais novo, Gabriel, e o sobrinho, Bernardo, ambos com três anos. “Ele também liga todos os dias para mim e para a minha mãe. Algumas pessoas até estranham esse hábito, mas ele sempre foi muito cuidadoso com a gente”, elogia
Apesar de ainda ter muitos anos pela frente até que todos os filhos saiam de casa, Ana Karina entende que esse é um caminho natural. “Sempre tive crianças em casa, porque depois de quatro anos tive o segundo filho, esperei dez anos para ter o terceiro e mais nove anos até o nascimento do quarto. Sei que essa hora vai chegar, mas quero que eles sejam felizes acima de tudo”, explica.
Diferentemente de Ana Karina, os quatro filhos de Virgínia Collier, 68, já deixaram a casa dos pais há algum tempo – para bem longe, por sinal. Um dos rebentos vive no Recife, mas os outros três residem em São Paulo, na Alemanha e no Canadá. Apesar de ter acompanhado os filhos se distanciarem em busca das próprias realizações, ela não hesita em ressaltar a sua satisfação.
Mãe de três homens e uma mulher, ela relembra que a filha foi a primeira a sair de casa para buscar novos rumos. “No início eu senti falta porque nossa relação é muito especial, mas me deu muito orgulho de vê-la saindo de casa”, relembra Virgínia. “Ela não é a mais velha, mas quis sair de casa e eu dei total apoio”, conta a mãe.
Sem sofrer com a síndrome do ninho vazio, ela diz ter o companheirismo como raiz da relação com os filhos. Para ela, o papel da mãe é o de apoiar os filhos “Não tenho esse sentimento de perda que algumas mães têm. Agora é bola pra frente, porque é possível arrumar outras formas de convivência. Tento ser uma mãe companheira e espero que eles me vejam dessa forma”, diz, aos risos.
Fonte: JC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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