Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), do Rio de Janeiro, realizaram uma operação para combater o crime de racismo contra a atriz Taís Araújo na madrugada desta quarta-feira (16) no Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo. A atriz foi alvo de comentários racistas em seu perfil do Facebook em novembro de 2015.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão e onze de busca e apreensão. Um dos líderes do grupo suspeito de cometer os ataques racistas é menor de idade e foi apreendido Jandira, em São Paulo. Ele foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Um dos alvos de prisão no Paraná é de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O suspeito já está preso desde dezembro de 2015 pelo crime de pedofilia e também será investigado por essa prática criminosa. Um dos mandados de busca também foi cumprido em São José dos Pinhais.
Na Bahia, em Brumado, a polícia também cumpriu um dos mandados de prisão. Tiago Zanfolim Santos foi alvo de um mandado de prisão temporária. Com ele, os policiais apreenderam um computador e um celular. A quadrilha que Tiago é suspeita de integrar também pode estar relacionada a crimes de pedofilia.
O quarto mandado de prisão foi cumprido em Navegantes, em Santa Catarina. Um homem também foi preso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em flagrante, pelo crime de pedofilia.
Investigações
De acordo com as investigações, o ataque a Taís Araújo foi premeditado e articulado pelo grupo, que teria sido criado exclusivamente com o objetivo de praticar ataques racistas. As investigações apontam ainda que eles realizam frequentemente este tipo de ação a perfis na internet, sites e contatos via Whatsapp, sempre com ofensas racistas.
O grupo tinha uma estrutura hierárquica definida e agia da seguinte forma: depois de escolhidos os alvos, os administradores definiam as ações, com planejamento e execução dos ataques; havia regras, e a quebra de algumas delas gerava punições, que poderia culminar até mesmo na expulsão do grupo, segundo as investigações.
Outras ações criminosas deste tipo também são investigadas. Segundo os policiais, os grupos criados para este tipo de ataque são secretos e temporários. Os suspeitos recebiam orientações, inclusive, para dificultar o possível rastreamento e identificação da origem das postagens.
Outros ataques
Ao G1, a Polícia Civil também disse que os investigados desta operação também são suspeitos de praticar os crimes de racismo Sheron Menezes, Cris Vianna e Maria Júlia Coutinho. O grupo também é suspeito de praticar crimes contra a honra de Angélica e Xuxa, ainda segundo a polícia.
Fonte: G1
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