Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
A Polícia Civil deverá realizar, ainda esta semana, uma nova reprodução simulada na piscina de um hotel em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, onde duas pessoas morreram no último mês de março. Segundo os laudos preliminares tanto o paulista Bruno Ribeiro, 20 anos, como a pernambucana Anne Trindade, 31 anos, faleceram em virtude de asfixia causada por afogamento. O objetivo é sanar as últimas dúvidas sobre as circunstâncias em que os dois casos ocorreram.
A princípio, a simulação deveria ocorrer nesta segunda-feira (4), mas o Delegado Carlos Couto, responsável pelas investigações, só deverá confirmar se será possível no fim da manhã. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ainda faltam alguns detalhes para a realização do procedimento, como a participação de um familiar de Anne Trindade, que deverá ajudar o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística (IC). A ideia é realizar os trabalhos no horário aproximado em que as mortes ocorreram, entre 17h30 e 18h30.
Na semana passada, o delegado Carlos Couto afirmou que faltou um salva-vidas na área de lazer do estabelecimento e isso teria tido grande importância para os óbitos. “Nenhum dos dois fatos havia presença de guarda-vidas, o que é obrigatório por lei no nosso estado. Também, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) considera imprescíndivel que haja um operador de piscina. Este é um funcionário do hotel que basicamente tenha conhecimento das engrenagens do tanque”, detalhou.
A ausência de salva-vidas fere uma norma estadual. A lei n° 15.240, de 19 de março de 2014, determina que em piscinas de uso coletivo é obrigatória a presença de guarda vidas durante os horários de utilização para o público. “Art. 1º Considera-se obrigatória a permanência de guarda vidas durante os horários de utilização nas piscinas de uso coletivo em escolas privadas, clubes sociais, associações e demais estabelecimentos ou instituições congêneres”.
Durante a investigação, Carlos Couto contou com o apoio do IC. Na avaliação dele, questões técnicas precisavam ser esclarecidas. Foram realizadas três vistorias na piscina. “Estivemos no hotel na quinta-feira (24), na sexta e no sábado. Esse trabalho foi determinante para a investigação”, informou o policial.
O perito Sérgio Almeida explicou que o choque elétrico, uma das suspeitas, foi descartado, pois nenhum dos dois tinha marcas coerentes com essa ocorrência. “Se na análise preliminar não foi constatado vazamento de corrente elétrica, era de se esperar que nenhuma das vítimas apresentasse marcas de Jellinek – que são queimaduras típicas de choque por corrente elétrica”, afirmou o perito.
Couto revelou que no caso do turista paulista a polícia ouviu testemunhas. Constatou, por exemplo, quem ele não sabia nadar. Na morte de Anne Trindade, explica o policial, houve outro fator importante: “Ela havia ingerido bebidas alcoólicas e isso ficou provado pelas notas do bar do hotel”, observou.
Fonte: G1
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