Remédios apreendidos pela PF não podem ser vendidos em farmácias
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) começou a analisar os medicamentos apreendidos durante a Operação Black List (Lista Negra), deflagrada pela Polícia Federal (PF), na terça-feira (5), no Recife, em Camaragibe, na Região Metropolitana, e em Carpina, na Mata Norte. Na ação, autorizada pelo Tribunal regional Federal da 5ª região, os agentes federaisrecolheram mais de mil unidades de remédios. São produtos de uso cotidiano, como vitamina C, antitérmico e soro de reidratação. Todos têm o selo de utilização restrita a hospitais. Ou seja, não podem ser comercializados em farmácias e drogarias.
Essas informações representam mais uma peça no quebra-cabeça que a PF tentará montar para elucidar o esquema supostamente mantido pelos investigados na Operação Black List. Os federais apuram uma fraude em licitações para compra de medicamentos pela Prefeitura deCamaragibe. O montante envolvido chegaria a R$ 100 milhões.
O diretor da Apevisa, Jaime Brito, informou, nesta quarta-feira (6), que terá 90 dias para avaliar a mercadoria apreendida. Ele busca informações sobre a participação das distribuidoras na compra desses produtos. Já houve casos em que empresas pegavam medicamentos de uso restrito a hospitais, mas repassavam ao comércio. “Temos que rastrear a origem desses medicamentos”, observou.
Operação
Ao todo, foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª região 21 mandados de busca e apreensão. Desse total, 15 foram cumpridos no Recife, cinco em Camaragibe e um na cidade deCarpina, na Mata Norte do estado. A operação contou com a participação de cerca de 130 policiais de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.
A casa do prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre Soares da Silva (PSDB), foi um dos alvos dos agentes da PF. O gestor do Executivo municipal prestou depoimento na própria residência, em Aldeia. Na tarde de terça, divulgou nota oficial e negou a existência do esquema. Ele afirmou que as aquisições de remédios na cidade são feitas de forma regular.
Segundo o texto, todo o valor gasto com medicamentos desde 2013, quando Jorge Alexandre assumiu a prefeitura, seria dez vezes menor que o montante de R$ 100 milhões movimentado nos crimes investigados pela operação. O chefe do Executivo se disse “surpreso” com as investigações e lamentou que se divulguem dados, que segundo ele, são “totalmente inverídicos”.
O secretário de Finanças, Emmanuel Rei Martins dos Santos, também foi ouvido pela PF. Ele disse que não sabia por que foi intimado e que não é o responsável pelo processo de licitação.
Investigação
As investigações tiveram início no ano passado. A Polícia Federal chegou a solicitar ao TRF5 mandados de prisão, mas as capturas foram negadas. Por isso, a operação se restringiu ao processo de coleta de documentos, remédios e dinheiro.
O Tribunal Regional Federal da 5ª região informou, por meio de nota, que, por determinação do desembargador Rubens Canuto, os autos correm em segredo de Justiça. Portanto, não pode ser prestada nenhuma informação sobre o processo, sob pena de violação ao sigilo funcional.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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