Vítimas de enchentes, 64 famílias recebem habitação
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Foram quatro noites mal dormidas, repousando em uma cama improvisada de madeira, em meio à lama e terra. As chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Recife (RMR) na madrugada da última segunda-feira (30) levaram colchões e utensílios da aposentada Dalvanira Cândida da Silva, 71 anos.
Há 12 anos, ela vive o drama de perder móveis e eletrodomésticos, na casa de tijolos aparentes onde mora, às margens do rio Beberibe, na Capital. No entanto, a realidade de Dalvanira deve mudar na próxima semana.
A Prefeitura do Recife entregará, já na próxima semana, o Conjunto Residencial Naná Vasconcelos, no bairro da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife, a 64 famílias recifenses. A obra, que foi orçada em 4,2 milhões, é a sexta da gestão municipal. Até o fim do ano, serão entregues mais nove conjuntos habitacionais.“Onde eu moro hoje é um vão só. Inunda a casa toda quando chove. É um aperreio”, disse Dalvanira, que dividirá com a neta o apartamento de 46 metros quadrados, divididos em sala de estar, dois quartos e um banheiro. Emocionada, a aposentada contou nunca ter perdido a esperança. “Sei que tenho uma idade avançada, mas sabia que um dia ia chegar essa hora. Esperei por 12 anos. Estou encantada com esse lugar”, comemorou.
Quem também se vestiu de entusiasmo ao conhecer o apartamento foi a dona de casa Josivane Ferreira dos Santos, 53. Segundo ela, faltam palavras para agradecer a nova moradia. “Sempre foi um sonho ter uma casa digna de se morar. E sempre dizia isso à minha família”, afirmou Josivane, que teve que mudar de endereço, há cinco meses, por causa das chuvas.
A antiga casa dela, às margens do rio, está cheia de lama. “Tive que sair com urgência e alugar outro local”, contou a dona de casa, que vai morar com mais três pessoas no imóvel, entre filhos e netos. A história se repete com a aposentada Lindomar Lourenço de Lima, 63. Por causa do diabetes, teve que se acostumar a utilizar a cadeira de rodas. A limitação, segundo a aposentada, é vista dentro de casa.
“Onde eu moro hoje não consigo me locomover direito. Só com a ajuda dos meus filhos. Aqui vou ficar mais livre. Sem falar que não terá inundação quando chover”, disse, acrescentando que, nas últimas chuvas, ficou ilhada no próprio quarto sem poder sair. “É uma preocupação sempre. Não vejo a hora de me mudar.”
Atualmente, existe uma demanda de três mil cadastrados à espera dos conjuntos habitacionais. São pessoas que moram em alto risco de vulnerabilidade social, nas margens dos rios Beberibe e Morno. A escolha das 64 famílias foi pautada em critérios do Ministério das Cidades, em um ranking de prioridades. De acordo com o secretário municipal de Saneamento, Alberto Feitosa, o sentimento é de dever cumprido.
“Embora saibamos que não vamos atender a todos que necessitam dessas moradias, a entrega futura desse conjunto nos dá satisfação. É prazeroso ver famílias vítimas de enchentes entrando em uma casa digna”, destacou o gestor. Ele ainda ressaltou que o projeto Beberibe 1 terá, em breve, um irmão mais novo. “Já estamos em andamento com o Beberibe 2. São trabalhos difíceis e demorados, mas é uma meta querer atender famílias que precisam de moradias honestas”, concluiu.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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