Alckmin prefere enfrentar Lula em 2018
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O tucano Geraldo Alckmin integra o ninho dos nomes que derretem nas pesquisas. Ainda não recebeu a visita do cobrador da Lava Jato. E seu pupilo João Doria já oscila entre a lealdade ao padrinho e a pose de alternativa presidencial. Entretanto, a despeito de tudo, o governador de São Paulo continua olhando para 2018 como se enxergasse um pote de ouro no horizonte. Enquanto pressiona o PSDB por uma definição, Alckmin prepara um Plano B. Ele até já elegeu um adversário predileto. Em privado, afirma que prefere polarizar a próxima sucessão com Lula, que o derrotou em 2006.
Alckmin avisou a Aécio Neves, seu rival e presidente do PSDB, que espera até dezembro por uma definição sobre o rito de escolha do presidenciável da legenda. Escaldado com as manobras que prorrogaram à sua revelia a permanência de Aécio no comando da máquina partidária, o governador paulista constrói uma porta de emergência. Esconde-se atrás dela um tesouro eletrônico na partilha do horário de propaganda eleitoral no rádio e televisão em 2018.
Sem alarde, Alckmin distribuiu secretarias estaduais e gentilezas a potenciais aliados. Esboça uma coligação que inclui legendas de porte médio (PSB e PTB), partidos pequenos (PPS e PV) e agremiações nanicas (PHS e PMB). Juntas, as siglas garantiriam a Alckmin uma vitrine eletrônica equiparável à que teria Lula se o PT fosse à disputa consorciado com PCdoB e PDT. É como se Alckmin desejasse informar ao tucanato que está arrumando as malas e já tem para onde ir. Mais: se o empurrarem pela porta de emergência, deixará para trás um ninho arruinado no maior colégio eleitoral do país.
Alckmin e seus aliados avaliam que, pelo andar da carruagem, não haverá tempo para a Lava Jato retirar Lula do baralho de 2018 por meio de uma condenação de segunda instância. Acreditam que é melhor enfrentar o pajé do PT do que ter de lidar com um poste que ele resolva carregar nos ombros —Ciro Gomes (PDT), por exemplo.
Os partidários de Alckmin sustentam que, nas pesquisas eleitorais realizadas a mais de um ano de distância das urnas, o número mais valioso não é o índice de intenção de votos do candidato, mas sua taxa de rejeição. E a de Lula, por ora, é a mais alta. O que os apoiadores do governador de São Paulo evitam mencionar é que, a exemplo de outras opções tucanas, Alckmin emerge das últimas sondagens eleitorais como uma espécie de sub-Bolsonaro.
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