“Argentina não pode ser um paraíso de imigrantes”, diz líder de ONG

Apontar o imigrante como causa dos problemas sociais em vários países tem se tornado uma atitude cada vez mais comum. A iniciativa governamental mais recente neste sentido foi da Argentina. O presidente Maurício Macri decretou, nesta segunda-feira (30), uma lei que restringe a imigração e facilita a deportação, reforça o policiamento nas fronteiras e torna mais rápido o acesso a informações sobre os antecedentes criminais daqueles que ingressam no país. O decreto não necessita da aprovação do Congresso.

A medida recebeu o apoio de maior parte da população, conforme afirmou o advogado Javier Miglino, fundador da ONG Defendamos Buenos Aires, que se tornou uma espécie de vigilante da rotina local e fonte de informações sobre delitos na capital (como a presença de flanelinhas) e por todo o território argentino. Procurada pelo R7, a direção da Anistia Internacional na Argentina preferiu não se manifestar nesta segunda, afirmando que estava elaborando um relatório a respeito da medida a ser divulgado nesta terça-feira (31). O advogado considera que nem o fato de alguém não ter antecedentes criminais é suficiente para uma autorização de moradia no país.

— Se a pessoa não tem antecedentes criminais, tem qualificação profissional ou dinheiro suficiente para sustentar negócio próprio é possivel ingressar no país. Mas carecer de dinheiro ou qualificação é exatamente a mesma coisa que ter antecedentes criminais. Não tem sentido essa pessoa sair do seu país para ir à Argentina, pode procurar trabalho em seu país ou em outro, mas a República Argentina não pode ser um paraíso de imigrantes que não têm qualificação, analfabetos, pobres e para fazerem aqui o que fariam em seu país de origem.

Na Argentina, 54% da população considerou que os imigrantes estão em excesso no país, segundo a pesquisa Global Views on Immigration and the Refugee Crisis, divulgada em agosto último pelo instituto de opinião Ipsos. O número coloca a Argentina em 1º no ranking da América Latina e em 10º no mundo neste quesito. Entre 2011 e 2015, mais de 75% dos imigrantes que chegaram ao território argentino vieram do Paraguai, Bolívia e Peru, de acordo com o Ministério do Interior da Argentina.

Dizendo-se contrário em vários aspectos a Macri, ele afirma que neste tema apoia a iniciativa do governo. E considera essas favelas (villas) como locais que estimulam a criminalidade.

— Sim, neste momento há um apoio muito importante à iniciativa de Macri, há muitas coisas de seu governo de que não gosto, mas essa iniciativa em particular é positiva e acredito que muita gente considera desta maneira. Pelos numeros, 40% dos presos em cárceres argentinos são estrangeiros e mais de 90% das favelas argentinas em Buenos Aires e na Grande Buenos Aires, são compostas por estrangeiros.

Pela própria medida, que lembrou de “atos recentes do crime organizado”, no entanto, a porcentagem de estrangeiros no sistema presidiário argentino, apesar de ter crescido nos últimos anos, chega a 21,35% da população carcerária em 2016, abaixo dos 40% citados pelo advogado. A alteração da lei foi feita, segundo o texto, para que estrangeiros que cometerem crimes “mal-intencionados” sejam expulsos do país e proibidos de voltar durante ao menos oito anos.

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