Como ajudar os filhos sem se arruinar
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Em fevereiro, o instituto britânico Resolution Foundation publicou um estudo mostrando que a ala masculina da geração millenial (os nascidos entre 1981 e 2000) vai ganhar menos que a da geração X, que a antecedeu. O motivo? Mais homens estão em empregos de meio expediente ou de remuneração inferior, em restaurantes, bares e lojas – o contingente neste tipo de ocupação dobrou desde 1993. Esse é mais um levantamento que corrobora outros que apontam para um futuro menos brilhante do ponto de vista financeiro para os jovens adultos que buscam seu lugar ao sol no mercado de trabalho. Ano passado, a mesma instituição havia divulgado outra pesquisa negativa sobre os millenials, chamando-os de “geração da estagnação” e antecipando que este seria o primeiro grupo a ganhar menos que seus pais. Na Grã-Bretanha, a população entre 65 e 74 anos detém mais riqueza que toda a faixa abaixo dos 45 anos!
Guardadas as devidas proporções, que não são pequenas, fenômeno semelhante ocorre no Brasil. Os mais jovens têm encontrado um mercado estagnado, mesmo que tenham cursado boas universidades e feito pós-graduação. Com o desemprego em alta, há os que permanecem mais tempo na casa dos pais e aqueles que, demitidos, acabam voltando ao lar paterno – às vezes com filhos. Ninguém está livre de uma separação complicada, ou de uma crise profissional, mas como ajudar os rebentos sem arruinar a própria poupança e comprometer a aposentadoria? Considerando que, em janeiro, 62% dos consumidores brasileiros afirmaram não guardar dinheiro nem possuir uma reserva, há que se traçar um limite para a família não naufragar em bloco.
Ninguém quer ver seus “bebês” sofrendo, mas enfrentar a adversidade torna as pessoas mais fortes. Se você começar a bancar tudo, seu filho nunca aprenderá a refazer o orçamento num nível compatível com suas reais posses. Portanto, engula a culpa e nada de passar a mão na cabeça. Claro que você pode ajudar com a compra de supermercado, ou uma despesa extra. Mas vai se comprometer a pagar o colégio dos netos? Por quanto tempo? Não seria mais realista transferir as crianças para uma escola pública? Uma coisa é dar uma força, a outra é paparicar. Educação financeira é importante desde cedo, para se aprender que há limites entre desejos e consumo. É preciso deixar claro quanto se pode gastar e que esta tem que ser uma situação temporária – é duro estabelecer um prazo, mas seria o ideal.
Se não for prioridade, não pague. Pagar o condomínio atrasado é prioridade; se responsabilizar por uma festinha de aniversário do neto, não. Anote todas essas despesas extras. Mesmo que não tenha intenção de cobrar pelo empréstimo, seu filho tem que reconhecer a dimensão do auxílio, até para se motivar a buscar uma recolocação. Sua experiência também pode ser preciosa para sugerir alternativas de trabalho. E ajudará a manter a calma nessa hora de dificuldade. O que não pode ocorrer é essa fase se tornar um sorvedouro que consuma suas economias e até o leve ao endividamento. Pense bem: depois, quem vai cuidar de você? Se acostumar seus filhos a depender, dificilmente serão eles… Por último, vale registrar a frase do multimilionário Warren Buffett: “quero dar a meus filhos bastante dinheiro para que possam fazer o que quiserem, mas não dinheiro bastante para que não façam nada”.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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