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Comunicado escolar pede para pais utilizarem roupas ‘menos curtas’ e caso chega ao Ministério Público
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Um comunicado emitido pelo Colégio Santa Maria, na Zona Sul do Recife, sobre o tipo de roupa a ser utilizado por pais e responsáveis ao deixar e buscar os alunos, tem causado desconforto à mãe de uma aluna da instituição. Segundo Madelayne Cavalcanti, ela e a filha têm sofrido com o preconceito de outras mães de alunos da escola devido à sua atuação profissional como modelo e devido às roupas que ela usa, consideradas “inadequadas”. Uma promotora do Distrito Federal tomou conhecimento do caso e entrou com uma representação formal no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para solicitar uma indenização por danos morais coletivos.
Através de nota enviada à reportagem nesta sexta-feira (7), a escola informou que o comunicado é geral para todos os pais e o texto condiz com os princípios que norteiam as atividades da instituição. No texto do comunicado, emitido no fim de março, a escola pede que os responsáveis por deixar e buscar os alunos usem roupas “menos curtas, menos decotadas, menos extravagantes”. Ainda no texto, a instituição afirma que “bom senso e discrição são marcas de uma sociedade educada e moderna”.
Segundo Madelayne, a instituição pediu para que ela comparecesse à escola para uma conversa com a direção um dia após o envio do comunicado. “Eles me perguntaram como era a minha vida profissional, a relação com a minha filha. Eu disse que trabalhava como modelo, que já tinha feito alguns trabalhos para revistas e que tinha sido eleita a musa de um time. Só pararam de questionar o meu trabalho quando eu disse que o meu marido trabalhava na Justiça. Eu me senti arrasada, tipo um lixo”, conta a mãe.
Depois de receber a circular, Madelayne conta que foi hostilizada em grupos de redes sociais formados por mães de outros alunos. “Começaram a divulgar fotos dos meus trabalhos e da minha família e depois fui excluída. Depois de um tempo, percebi que fui o pivô do comunicado”, conta. Depois do caso, ela decidiu fazer um vídeo para tentar esclarecer a situação, explicando que as roupas usadas para buscar a filha na escola não são impróprias para o ambiente escolar. “Eu uso roupas condizentes com o calor do Recife”, ressalta.
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