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Copom se reúne nesta quarta e mercado prevê maior corte de juros em 8 anos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Se as estimativas do mercado estiverem corretas, o corte de um ponto percentual será a maior diminuição da taxa Selic desde março de 2009, quando o BC promoveu corte de 1,5 ponto percentual,. A decisão do Copom será anunciada a partir das 18h. Se a medida, como espera o mercado, for mesmo adotada pelo BC, representará a quinta redução consecutiva dos juros, chegando ao menor patamar desde outubro de 2014, quando estavam em 11% ao ano.
O próprio Banco Central já sinalizou que pode celerar o passo e cortar os juros mais rapidamente.
Sistema de metas
A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, definida todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Normalmente, quando a inflação está em alta, o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação seja reduzida.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz o juros. É o que está acontecendo agora.
Menor patamar para o 1º trimestre
Em razão do cenário de recessão na economia, a inflação está na chamada “queda livre”. No primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, a inflação oficial (medida pelo IPCA) ficou em em 0,96%, menor valor para o período desde o início do Plano Real.
Para o ano de 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação deve ficar em 4,09%, abaixo da meta de 4,5% fixada para este ano.
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.
Previsões para 2017
A previsão do mercado financeiro é que a taxa básica de juros da economia continue recuando nos próximos meses e chegue a 8,5% ao ano no final de 2017.
Para o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, a sociedade e os economistas do mercado financeiro estão pressionando o BC por um corte mais agressivo na taxa básica de juros da economia no decorrer deste ano.
“Do ponto de vista da sociedade é compreensiva a demanda, afinal com dados de desemprego tão elevados os cidadãos clamam por algum tipo de alívio”, avaliou ele, acrescentando que, do lado do mercado financeiro, essa redução maior nos juros geraria ganhos de curto prazo para os bancos.
André Perfeito avaliou, porém, que dada a quantidade de “potenciais ruídos” ao longo desse ano (tanto no Brasil, com o cenário político, quanto no exterior) seria melhor o BC ser mais conservador neste momento. “O mercado já está cortando os juros para o BCB, cabe aqui evitar certos excesso”, concluiu.
Fonte: G1
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