Envolvidos da Lava Jato tramam se esconder em Portugal
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Reportagem publicada nesta segunda-feira (18) pelo jornal inglês The Guardian afirma que executivos brasileiros envolvidos em escândalos de corrupção estariam comprando imóveis em Portugal para obter vistos permanentes de moradia no país. Entre os executivos citados estão Otávio Azevedo e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez, Pedro Novis, ex-presidente da Odebrecht, e Carlos Pires Oliveira Dias, vice-presidente do conselho da Camargo Correa. De acordo com The Guardian, eles teriam comprado imóveis em Portugal em 2014, após o início da Operação Lava Jato.
A reportagem explica que o programa de vistos permanentes de Portugal permite a troca do visto de residência pela compra imóveis em Portugal avaliados em pelo menos € 500 mil. Após cinco anos, o visto pode ser convertido em cidadania portuguesa, que dá o direito de moradia e trabalho em qualquer país da União Europeia.
The Guardian afirma que Otávio Azevedo – condenado a 18 anos de prisão domiciliar – teria comprado um imóvel em Lisboa dois anos antes de ser preso, e solicitado visto permanente. O imóvel seria avaliado €1,4 milhão.
Ainda segundo a reportagem, Sérgio Andrade teria comprado um imóvel em Portugal por € 665 mil, em 2014. Já Pedro Novis teria adquirido um imóvel em Lisboa avaliado em €1,7 milhão, enquanto Carlos Oliveira teria investido €1,5 milhão em Portugal, dentro do programa de residência no país.
Segundo o jornal, um porta-voz de Otávio Azevedo afirmou que o executivo ainda não foi informado sobre o resultado de seu pedido de visto de residência e que o imóvel foi comprado de acordo com a legislação portuguesa. Já a assessoria de Sérgio Andrade alegou que ele não vive no país e nem tem planos para tal. A assessoria de Pedro Novis disse que suas atividades em Portugal são conhecidas pela Justiça brasileira. Carlos Oliveira confirmou que obteve visto de residência em Portugal.
Por sua vez o governo de Portugal afirmou, em nota, que o programa segue todos os procedimentos legais e de segurança e que todos os pedidos passam por um processo que inclui consulta a registros criminais em bases de dados nacionais e internacionais.
O Jornal do Brasil já vinha alertando, em diversos editoriais publicados desde 2015, sobre o risco da fuga de acusados na Lava Jato para Portugal.
Fonte: Magno Martins
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