‘Foi uma monstruosidade o que fizeram’, diz tia de brasileira morta durante operação da polícia em Portugal
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O advogado da família de Ivanilce Carvalho da Costa, de 36 anos, que foi morta em uma operação policial em Lisboa, em Portugal, na madrugada de quarta-feira (15), deve entrar com um pedido judicial nesta sexta-feira (17) para que o governo português pague o translado do corpo da brasileira para Amaporã, no noroeste do Paraná.
A informação foi confirmada pela tia da vítima, que também mora em Lisboa, a vigilante Célia Maria da Silva, de 42 anos. Conforme o jornal local “Diário de Notícias”, Ivanilce foi baleada depois que o carro em que estava desobedeceu um sinal de parada da polícia e foi confundido com o de assaltantes. O veículo foi atingido por vários disparos. O pedido para o governo de português será feito, segundo a tia da vítima, porque a família não tem dinheiro para trazar o corpo para o Brasil e por se tratar de um homicídio cometido por um policial.
A tia conta que soube da morte da sobrinha na quarta-feira, por volta de 21h, pelo gerente do local onde Ivanilce trabalhava. “Saí do trabalho meia-noite e fui tentar uma confirmação que só tive pela manhã. Inclusive, estou com os pertences dela”, afirma.
Embora ambas morassem em Lisboa há 17 anos, o contato entre tia e sobrinha não era tão próximo nos últimos anos, explica Célia. “Só ontem [quarta-feira] que eu descobri que ela estava morando em um bairro perto do meu”, diz.
Com a irmã – e mãe da vítima –, Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, que mora em Amaporã, Célia afirma que conversava com mais frequência. “Fui eu que lhe dei a notícia”, recorda.
Célia conta ainda que a polícia portuguesa não informou a ela a identidade do homem que dirigia o veículo em que Ivanilce estava no momento da morte.
“Os jornais estão falando que o condutor é brasileiro. Mas se for a pessoa que eu penso que seja, que era o suposto companheiro dela, ele é português”, revela.
Mesmo com as dificuldades, a mulher diz que vai tentar resolver tudo “da melhor e mais justa maneira possível”. “Não tem sido fácil”, afirma.
Fonte: G1
Nenhum comentário