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Início do vagão exclusivo para mulheres no metrô do Recife divide opiniões
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A primeira viagem do vagão exclusivo para mulheres no metrô do Recife, realizada na tarde desta segunda-feira (16), foi bem avaliada pelas passageiras, mas também há uma preocupação entre elas de que a medida facilite a ação de assaltantes. Adotado devido a pedidos recebidos pela ouvidoria da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o ‘vagão rosa’ está em fase de testes e fica disponível nos horários de pico: das 6h às 8h30 e das 16h30 às 19h30.
“Essa foi uma opção ótima, porque vou me sentir mais segura. Nos outros vagões, o empurra-empurra é grande. Essa opção tem que durar aqui no metrô”, comenta a operadora de caixa Eunice Temóteo, que utiliza o meio de transporte junto com a filha, Alice, sempre que precisa ir ao Centro do Recife.
A técnica em enfermagem Conceição Maciel também aprovou a implantação da medida. “Estou me sentindo muito segura. Tenho parentes no Rio e elas falam que o vagão feminino é uma coisa muito boa lá”, ressalta.
De acordo com o superintendente do metrô do Recife, Leonardo Villar Beltrão, o ‘vagão rosa’ também foi uma ideia sugerida pelo Ministro das Cidades Bruno Araújo, que visitou a sede da CBTU em outubro do ano passado. “Essa sugestão veio através do Ministério das Cidades, já que outras cidades já adotaram e a medida deu certo. Decidimos adotar no Recife para avaliar a repercussão dos passageiros é positiva também”, explica.
Opiniões divididas
Mesmo que em menor número, passageiras como a cake designer Genilda Fragoso acreditam que o ‘vagão rosa’ pode tornar as mulheres vulneráveis. “Hoje tem seguranças no vagão, mas ninguém garante a presença deles em outros dias. Como é um vagão só de mulheres, isso pode chamar a atenção de assaltantes”, observa.
Para Maria Dolores Fastoso, integrante da coordenação do Fórum de Mulheres de Pernambuco, a medida apenas segrega as mulheres e não tem eficácia. “Isso já foi feito no Rio de Janeiro e não demonstrou resultados. A gente não precisa de exclusividade no metrô, a gente quer transitar com segurança em todos os espaços púbicos e esse vagão não vai mudar absolutamente nada”, frisa.
Fonte: G1
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