Mãe que se acorrentou ao filho viciado em crack visita adolescente em clínica: ‘Outra pessoa’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A mãe do adolescente de 17 anos, que ficou acorrentada com o filho por três dias em Itapetininga (SP) para evitar que ele usasse crack até conseguir uma clínica de reabilitação para tratá-lo gratuitamente, visitou o adolescente pela primeira vez na clínica em que ele está internado há dois meses, em Bady Bassitt (SP). Ao G1, ela afirmou que foi emocionante receber um abraço do filho agradecendo sua atitude de ter o acorrentado.
“Eu estava muito nervosa e ansiosa para vê-lo. Não sabia como ele ia reagir, porque desde que o acorrentei e ele foi levado, não tinha o visto mais. Mas foi muito emocionante. Ele me abraçou e me agradeceu por eu ter acorrentado ele. Eu chorei muito de ver meu filho tão melhor. Ele já está outra pessoa, falando só coisas boas. Deus é maravilhoso”, contou.
O menor foi levado no dia 7 de julho para a clínica após o responsável receber as fotos da mãe acorrentada com o filho e se sensibilizar. Durante a visita, que aconteceu no domingo (17), a mãe pôde ficar com o filho durante todo o dia.
“Eu fiquei de manhã e no período da tarde. Vi que todo mundo gosta dele e que ele fez amigos. Nossa, eu fiquei muito feliz. Almoçamos, conversamos sobre esse período e ele só agradecia por tudo. Está muito bem, feliz e firme em conseguir se recuperar. Eu tenho fé que tudo dará certo dessa vez”, afirma a mãe.
Tratamento
Segundo o responsável pelo local, Pedro Henrique Ribeiro Araújo, o grau de dependência do jovem era forte, mas afirmou que o adolescente está respondendo bem ao tratamento. Segundo Pedro, durante esses dois meses ele não tentou fugir e está se esforçando para conseguir se recuperar.
“Ele chegou com um grau de dependência química muito forte. Os primeiros dias são os mais difíceis, pois a abstinência aparece. Mas agora ele está indo bem e respondendo bem ao tratamento”, afirma.
Araújo diz que o jovem deve ficar um ano na clínica. “Ele deve ficar aqui até o ano que vem. E durante o tratamento trabalhamos com a trilogia: igreja, conscientização (grupos de autoajuda) e laborterapia. No nosso caso, o trabalho será ajudar durante 50 minutos com os afazeres de casa. Se ele praticar o que aprendeu ao sair da clínica, com certeza não terá recaída”, diz.
Antes de sair da clínica o menor passará por um trabalho de reinserção social, em que trabalhará e estudará de forma monitorada.
O adolescente de 17 anos relatou ao G1 que a atitude de sua mãe o salvou. “A droga, o crack, só causa destruição. Eu estava me matando sozinho até que minha mãe resolveu me salvar ao me deixar acorrentado com ela para evitar uma tragédia. O vício me fez furtar e deixar minha família preocupada. Eu preciso de ajuda e quero melhorar. Quero me libertar do crack”, disse na época.
O adolescente contou que há dois anos não consumia droga e já chegou a ser internado em São Paulo. Porém, ele afirma que teve uma recaída ao fumar uma pedra de crack.
Fonte:G1
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