Moradores de Copacabana e Leme querem políticas sociais para conter violência
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O programa Rio + Seguro começou neste domingo (3) com reforço do policiamento nos bairros do Leme e Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A região, uma das mais turísticas do Rio, será a primeira beneficiada pelo projeto. Moradores, porém, não acreditam no aumento de policiais para coibir roubos e furtos nos bairros, cartões-postais da cidade e que concentram número expressivo de turistas no fim de ano. Para conter a violência, eles cobram políticas públicas para a população mais pobre e desconcentração da riqueza entre os cariocas.
Anunciado pelo prefeito Marcelo Crivella na segunda-feira (27), o objetivo do programa é prevenir a desordem urbana e a criminalidade na cidade. A prefeitura pretende aumentar o efetivo de policiais militares nos bairros, pagando agentes de folga para trabalhar em equipes com a Guarda Municipal. No total, serão 280 pessoas no patrulhamento.
A solução é questionada pela população ouvida pela Agência Brasil. Morador de Copacabana há cinco anos, o analista de sistemas Thiago Mourão foi categórico ao afirmar que a única solução para o Rio é o enfrentamento às desigualdades sócio-econômicas, de maneira a melhorar as condições de vida da população e garantir acesso a políticas públicas.
“O bairro tem policial, mas não está resolvendo”, afirmou. “Tem de ter política pública e diminuição da violência”, acrescentou. Segundo Mourão, são comuns pequenos furtos em Copacabana, cometidos por adolescentes nas ruas.
De acordo com o analista, em geral são crianças pobre e negras, vindas de outros bairros e até de outras cidades do Rio. “Vira e mexe a gente vê a população gritando ‘pega-pega’ para esses meninos, que roubam pequenas coisas, que são pegos e espancados pelos próprios moradores. Ou seja, precisamos atacar as razões desses jovens estarem aqui”, declarou
A meta original da prefeitura era zerar a criminalidade do bairro em até 20 dias. Hoje, porém, ao acompanhar as ações do programa, o prefeito Marcelo Crivella ponderou que a situação financeira do estado e do município pode dificultar o trabalho.
“No momento em que temos alto desemprego, o Rio perdeu 350 mil empregos de carteira assinada nos dois últimos anos, não é fácil”, disse Crivela. “Você faz o trabalho de um dia, dois dias depois tem uma nova população [em situação de rua]. É difícil estabelecer um prazo”, destacou.
Fonte: AB
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