Quase metade dos brasileiros atrasou pelo menos uma conta no ano passado, diz pesquisa
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A dificuldade econômica atingiu em cheio o bolso dos brasileiros no ano passado e quase a metade da população (46%) admite ter atrasado ou deixado de pagar pelo menos uma conta no período. Os dados, revelados em uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), apontam que apesar da situação desfavorável, o percentual é menor do que o registrado em 2015, quando 53% admitiram ter pago alguma conta depois do prazo.
De acordo com o levantamento, as contas mais comprometidas em 2016 foram: cartão de crédito (19%), conta de luz (17%) e internet (13%). O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, alerta que é preciso planejamento para conseguir pagar as contas em dia e manter uma vida financeira equilibrada.
— Podemos notar que as contas com o pagamento atrasado se repetem ano após ano. Para um planejamento adequado, é necessário mapear todas as contas fixas. Evitar utilizar o cartão de crédito também pode ajudar, uma vez que esta modalidade possui altas taxas de juros pelo atraso no pagamento, que podem rapidamente levar ao superendividamento.
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Considerando as pessoas que deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento de contas nos últimos 12 meses, 65% tiveram ou estão com o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito, sobretudo entre as classes C, D e E (69%). O número total teve uma queda de 3 pontos percentuais em relação a 2015, quando era de 68%. Quando se trata dos entrevistados negativados nos últimos 12 meses, somente 15% conseguiram regularizar a situação e 50% ainda estão negativados.
Segundo o último relatório de inadimplência divulgado pelo SPC Brasil, 58,3 milhões (39%) da população brasileira adulta se encontrava registrada em listas de inadimplência.
Administração
O levantamento mostra ainda que entre os entrevistados que já estiveram com nome sujo pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, 89% garantem ter mudado ao menos uma atitude na forma de administrar as finanças. Agora, 34% dizem que pensam muito antes de comprar algo, 30% começaram a controlar todos os gastos e 27% só compram se podem pagar à vista. Há também 24% que deixaram de emprestar o nome para terceiros, 23% que evitam utilizar o cartão de crédito e até mesmo 11% que cancelaram os cartões.
Vignoli avalia que “as mudanças no comportamento das pessoas são positivas, mas devem ser definitivas, para evitar nova negativação. Atitudes financeiras responsáveis devem ser adotadas independentemente de estar com o nome sujo”.
Segundo a pesquisa, 33% das pessoas se consideram endividadas no momento. Apesar disso, o estudo revela que 77% têm uma concepção equivocada sobre o que significa estar endividado. Para 45% dos entrevistados, uma pessoa com dívidas é aquela que tem contas em atraso. Três em cada dez (31%) disseram que estar endividado é quem está com nome em entidades de proteção ao crédito, e apenas 21% compreendem que uma pessoa endividada é aquela que possui parcelas a vencer ou empréstimos feitos.
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A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que é importante o consumidor entender o significado de estar endividado para conseguir se planejar melhor.
— Independentemente de estar com as contas em atraso, a pessoa deve entender que quando uma compra é parcelada ou empréstimo é feito, ela está assumindo uma dívida. Por isso, é necessário um controle rígido para que as dívidas não se acumulem e resultem em um descontrole das finanças.
Fonte: R7.com
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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