Terceiro ato contra o aumento da tarifa do transporte tem confusão entre PM e manifestantes em SP
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Manifestantes ligados ao Movimento Passe Livre (MPL) realizam nesta quinta-feira (16) o terceiro ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. O grupo se reuniu em frente ao Theatro Municipal, no Centro, desde as 17h e saiu em caminhada por volta das 18h40 até a Praça da República.
Houve confusão entre os policiais e os manifestantes na esquina das avenidas São João com a Ipiranga. Os policiais detiveram cinco pessoas e jogaram bombas de efeito moral e usaram balas de borracha contra os manifestantes. Algumas agências bancárias foram depredadas na dispersão da manifestação.
No início do protesto, policiais militares chegaram a fazer um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes chegassem até a Rua da Consolação, pois temiam complicações em decorrência dos alagamentos provocados pela forte chuva que atingiu a cidade na tarde desta quinta-feira.
No primeiro momento, os manifestantes conseguiram furar o cordão de isolamento, mas depois ficaram contidos na Praça da República.
No anúncio do protesto na redes sociais, os manifestantes dizem que os governantes anunciaram o aumento de R$ 0,10 como algo menor, mas, para eles, a tarifa deveria ser reduzida. A tarifa subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40.
Segundo ato
A Polícia Militar lançou bombas na noite de quinta-feira (9) em confronto com manifestantes que fizeram o segundo ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. A confusão aconteceu em frente à estação República do Metrô, no Centro da capital. Duas pessoas foram detidas e liberadas após a assinatura de um termo circunstanciado.
O protesto começou durante a tarde na Praça da Sé, também no Centro, e seguiu em caminhada sob chuva pela região.
Reajuste
O reajuste é de 2,33%, abaixo da inflação anual prevista pelo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), que é de 3,86%.
As novas tarifas foram encaminhadas no dia 20 de dezembro de 2019 para os presidentes da Câmara Municipal e para a Assembleia Legislativa.
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou uma carta na Prefeitura solicitando que o prefeito não reajuste a tarifa de ônibus.
O Idec argumenta que a Prefeitura pode segurar esse aumento reajustando o valor de subsídio para o sistema e que um aumento no ônibus tem um grande impacto para a cidade. O instituto também argumenta que a Prefeitura não gerencia o sistema de transporte da cidade maneira eficiente.
Primeiro ato
O primeiro protesto contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo também terminou em confronto entre policiais e manifestantes na estação Trianon-Masp do Metrô na terça-feira (7). Trinta pessoas foram detidas, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
O ato começou em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, Centro da capital paulista, e seguiu em caminhada até a Avenida Paulista. O grupo empunhou bandeiras e cartazes, e entoou gritos de guerra como: “A cidade vai parar se o povo se unir”, “trabalhador, presta a atenção, a nossa luta é contra o aumento do busão”, “fecha, fecha, o terminal, pula a catraca.”
O grupo passou a gritar pelo “fim da Polícia Militar”, alguns jogaram tinta vermelha na direção dos policiais e um dos escudos foi atingido. A quantidade de policiais e manifestantes aumentou na catraca da estação Trianon-Masp, e um policial com um megafone solicitou a saída dos manifestantes da estação por questões de segurança.
Questionado, o Metrô informou em nota que nenhuma estação da Linha 2-Verde estava fechada ao público, e que a orientação era “controle de fluxo” para evitar que os manifestantes pulassem a catraca.
Por volta das 21h houve um confronto entre policiais e manifestantes, que ficaram encurralados após subirem as escadas, pois a estação foi fechada. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e os policiais também utilizaram spray de pimenta. Manifestantes, em contrapartida, quebraram vidros da estação.
Os manifestantes detidos e levados ao 78º Distrito Policial dos Jardins. Os policiais disseram à imprensa que os jornalistas estavam autorizados a acompanhar a condução do grupo.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que as manifestações são um direito assegurado pela democracia. E que o novo valor da tarifa está abaixo da inflação oficial para o ano.
Fonte: G1