Obesidade ameaça as crianças
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Guilherme Silva tem 12 anos e, como a maioria das crianças, é viciado em guloseimas. No caso dele, o mau hábito se traduz em seis quilos acima do peso. Realidade que está longe de ser uma exceção, e que é cada vez mais constatada: milhões de crianças brasileiras também apresentam sobrepeso e são vítima de uma alimentação equivocada. Após exames de sangue, foi descoberto que Guilherme está com o nível de triglicerídeos elevado, decorrente do excesso de substâncias gordurosas no sangue.
Desde então, até consultar um nutricionista, a mãe do adolescente, a cabeleireira Ely de Freitas, alerta o filho sobre o excesso de açúcar. “Aos poucos, estou cortando massas, biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e outras guloseimas, e substituindo por alimentos mais leves e saudáveis. Está sendo difícil, pois como mãe, creio que tenho uma parcela de culpa nisso: você quer fazer todos os gostos do filho”, declara.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está atenta ao problema. Diz que nos últimos anos houve um aumento global do consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, sal e açúcar, mas pobres em vitaminas, minerais e outros nutrientes. Dados da OMC revelam que uma, em cada três crianças de 5 a 9 anos, está acima do peso. E o reflexo aparece no diagnóstico, cada vez mais frequente, de garotos e garotas com doenças antes típicas de adultos, como colesterol alto, hipertensão e diabetes tipo 2, que resultam, principalmente, do estilo de vida inadequado. Tem crescido, também, o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) em idades precoces.
O cirurgião metabólico Otacílio Albuquerque afirma que, para que o problema da obesidade infantil não piore, o primeiro passo deve vir dos pais. “A orientação nutricional deveria ser direcionada aos pais, pois é a partir deles que vem a decisão do que comprar ou não para dentro de casa. Reeducando o cardápio, têm mais chances de tornar o filho uma criança saudável, pois os pequenos são reflexos dos hábitos de sua família”, aconselha o médico.
Ele observa, ainda, que uma das causas dessa epidemia, talvez a principal, “seja o fácil acesso a alimentos como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerante e fast-food, além da falta de estímulo à alimentação saudável nas escolas. Dessa forma, cria-se o ciclo vicioso onde tudo o que é mais rápido e prático é consumido”, aponta.
A rotina também agrava o problema das crianças. “Hoje em dia, as brincadeiras de rua foram substituídas por televisão, videogame, computador e andar de carro, o que faz com que o sedentarismo impere. Se a criança não se movimenta, a consequência é a falta de perda de calorias, pois ela fica parada só estocando comida dentro do seu organismo”, explica.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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