Plano de combate ao crack do Recife prevê 63 ações para acolher usuários
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Prefeitura do Recife lançou, nesta quarta-feira (6), o Plano Municipal de Atenção Integrada ao Crack e outras Drogas, envolvendo 14 secretarias do município em 63 ações de prevenção, cuidado, formação continuada, alianças estratégicas e segurança pública. Entre as propostas de curto prazo está a implantação da versão do Programa Atitude, do governo estadual. Com isso, o Executivo municipal esperar realizar, até 2014, 2.700 atendimentos e 130 acolhimentos de dependentes por mês. O investimento é de R$ 50 milhões.
Esses atendimentos e acolhimentos serão divididos em abordagens nas ruas, alugueis sociais, centros de apoio e centros intensivos. Esses dois últimos terão espaços diferentes para tratar de crianças e adolescentes, adultos e idosos, divididos ainda entre homens e mulheres. O governo informou que ainda está procurando os imóveis. A previsão é que eles estejam funcionando no ano que vem.
O gerente da Política Municipal sobre Drogas, Antônio César, informou que o município não tem levantamento e mapeamento sobre usuários de crack no Recife, mas afirmou que a falta desses dados não prejudicou a elaboração do plano. “Se existissem 30 mil usuários não precisaríamos 30 mil vagas de internamento. Vamos priorizar a prevenção, e assim a necessidade de acolhimento vai depender de cada caso, definido ainda na fase de apoio, seguindo o plano individual de acompanhamento e projeto terapêutico singular”, explicou.
Estrutura deficiente
Atualmente, são poucos os locais onde os dependentes podem procurar atendimento específico. De acordo com a Gerência da Política Municipal sobre Drogas, em albergues terapêuticos, por exemplo, há 60 vagas. As casas de acolhimento do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc) recebem, em média, 280 pessoas por mês em várias situações de risco e vulnerabilidade, e até 40% delas têm envolvimento com crack.
O órgão informou também que, em 2012, um levantamento feito com quase dois mil prontuários de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) mostrou que até 47% dos atendidos consumiam a droga. A situação foi denunciada pela vereadora Michele Collins, representante da Frente Parlamentar de Combate ao Crack. “As famílias que enfrentam esse problema não podem levar os dependentes aos CAPS, pois lá eles só recebem, passam um medicamento e voltam para casa. É preciso um tratamento mais intensivo. Também não há leitos nos hospitais. A estrutura atual não da conta”, disse.
A Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social está à frente do plano, que integra o Pacto pela Vida do Recife. A titular da pasta foi quem detalhou como ele funcionará. “Nossa prioridade é atuar na prevenção, para não chegarmos ao internamento. O usuário terá acesso a todos os dispositivos que o acolham para tratar e disponibilizar caminhos. Vamos trabalhar o usuário no seu contexto familiar e social. O investimento é de R$ 50 milhões”, disse.
Confira as principais ações do programa:
Prevenção
>> Ampliar para 18 o número de Centros de Referências da Assistência Social até 2016;
>> Implantar seis Consultórios na Rua, complementando as ações dos seis existentes garantindo 600 atendimentos mês;
>> Propor metodologias de trabalho que envolvam aspectos relativos à feminização do
uso do crack e elaborar diagnóstico sobre o perfil das mulheres usuárias do crack;
>> Executar o Projovem Trabalhador e oferecer cursos técnicos e profissionalizantes através do Planteq e Pronatec;
>> Ampliar Programa de Esportes, Lazer e Cultura para quatro mil atendimentos no mês;
>> Ampliar Programa Segundo Tempo para 10 mil atendimentos no mês;
>> Realizar mapeamento das escolas que são pontos de risco e vulnerabilidade;
>> Preparar e entregar as 34 escolas municipais para atender ao modelo integral de ensino e implantar serviço de prevenção e evasão escolar com serviços de Orientação Profissional e Apoio Psicológico nas escolas de ensino fundamental
Cuidado
>> Implantar dois núcleos do Programa Atitude Municipal com previsão de 2,7 mil pessoas atendidas e 130 acolhimentos por mês;
>> Ampliar para seis o número de Centros de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS) até o ano de 2016;
>> Ampliar para quatro o número de Centros POP até o final do ano de 2014;
>> Ampliar o número de Casas de Acolhida de 10 para 23, significando um aumento de
289 para 490 acolhimentos;
>> Qualificar seis CAPS AD, transformando três em 24h, e implantar mais quatro CAPS AD até o ano de 2016, garantindo mil atendimentos no mês;
>> Implantar seis Unidades de Acolhimento (UA), sendo três para o público infanto-juvenil e qualificar os quatro albergues em Unidades de Acolhimento (UA), realizando 150 acolhimentos por mês;
>> Qualificar e ampliar espaços de assistência clínica voltado aos usuários de álcool e
outras drogas, aumentando 20 leitos integrais em hospitais gerais;
>> Implantar de dois Centros de Convivência que permitam a reinserção social para usuários e familiares da Política de Álcool e outras Drogas.
Autoridade
>> Implantação de uma gerência de análise criminal que faça o mapeamento das áreas
de consumo do crack no Recife;
>> Implantar 400 câmeras de videomonitoramento na cidade do Recife;
>> Ampliar o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência para escolas municipais do Recife.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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