Chesf vai investir R$ 1,18 bilhão em parques eólicos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) foi a grande vencedora do leilão A-3 realizado nesta segunda-feira (18) pelo governo federal. A estatal, em parceria com outras empresas, vai implementar 12 parques eólicos que vão demandar R$ 1,185 bilhão em investimentos até janeiro de 2016, quando devem entrar em operação. Juntos, os parques da Chesf terão capacidade instalada para produzir 338 megawatts (MW), o que corresponde a 38% do que foi comercializado na disputa e o suficiente para abastecer 1 milhão de casas populares. O leilão vendeu energia de 39 empreendimentos a serem implantados na Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul, que resultarão num investimento de R$ 3,3 bilhões.
Os 12 parques da estatal estão todos no Nordeste: quatro em Pernambuco, dois na Bahia e seis no Piauí. “A empresa precisa crescer. A energia eólica é uma oportunidade de expansão no Nordeste, região em que há pequenos recursos hidrelétricos ainda disponíveis”, resumiu o assessor da superintendência de Projetos e Construção de Geração da Chesf, Manoel Andrade. O investimento em eólicas é o começo de uma diversificação que vai fazer a estatal ter outra fonte para gerar energia além da água dos reservatórios das hidrelétricas. Há “complementaridade” nessas fontes, porque o Nordeste tem mais vento justamente quando está mais seco (sem chuvas).
A estatal já tinha contratado 633,6 MW de capacidade instalada em empreendimentos eólicos nos leilões anteriores. Somadas as vendas de ontem, serão 971,6 MW de capacidade instalada. Isso significa quase 10% de toda a capacidade instalada da Chesf, que é de cerca de 10 mil MW. A estatal só tem um parque eólico em operação, com capacidade instalada de produzir cerca de 90 MW. Desde março último, ele funciona em Sento Sé, na Bahia, numa parceria realizada com o Grupo Brennand. Por lei, a Chesf pode ter uma participação de 49% nos empreendimentos.
A estatal vai implantar os parques pernambucanos em parceria com a companhia PEC Energia Limitada, que tem um escritório em São Paulo. Nas usinas a serem instaladas no Piauí, entraram como sócias o fundo de investimento Salus Fip, a companhia Contour Global e duas Sociedades de Propósito Especifico (SPE) chamadas Ventos de Santa Joana e Ventos de Santo Augusto.
Para garantir o fornecimento de energia, o governo faz um leilão no qual as empresas ofertam o preço da venda baseado nos empreendimentos que pretendem construir. Geralmente, as empresas que oferecem a energia mais barata conseguem ter a sua energia contratada e ficam com a obrigação de construir a usina no prazo estabelecido no leilão.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, chegou a classificar 2013 como o “ano da energia eólica” no Brasil devido ao sucesso do leilão, que só vendeu esse tipo de energia.
Em agosto último, o governo fez um leilão e contratou 1,5 mil MW de capacidade instalada em energia eólica. O preço médio de contratação da energia vendida no leilão ficou em R$ 124 para cada MW. O teto colocado pelo governo foi R$ 126. “A quantidade de energia eólica contratada foi mais do que o esperado e refletiu os custos do setor”, comemorou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo. No ano passado, o leilão chegou a vender o MW de energia eólica por R$ 80.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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